segunda-feira, 11 de abril de 2011

ISLANDESES, POR REFERENDO, RECUSAM PAGAR PARTE DA DÍVIDA EXTERNA

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Islandeses rejeitaram, em referendo, o pagamento de parte da dívida externa do país. A população considera injusto serem os contribuintes a pagar por um "erro" (fraude) cometido por banqueiros privados.

Os islandeses rejeitaram, pela segunda vez, o pagamento da dívida que ronda os quatro mil milhões de euros ao Reino Unido e à Holanda, contraída após a falência do banco IceSave. Os dois credores já anunciaram que irão recuperar o dinheiro nos tribunais.

Conforme adianta o jornal, o "não" voltou a vencer no segundo referendo realizado no país, no espaço de um ano, sobre o mesmo tema. Segundo dados praticamente definitivos, ontem, cerca de 60% dos islandeses reafirmaram não querer pagar, dos seus bolsos, uma parte significativa da dívida externa do país.

A maioria da população considera injusto que sejam os contribuintes a pagar por um "erro"   (palavra eufemística para não dizer Fraude ) cometido por banqueiros privados. aqui


Com já abordámos nesta nossa revista Pro-Civitas Universalis o tema das origens e motivações que desencadearam esta "eufemisticamente chamada "Crise Mundial", designadamente nas nossas postagens com os títulos e datas: "Até quando haverá água sufiiciente para apagar este fogo?",  de 04.04.2011; "O POLVO - Os grandes bancos e corporações que destroem a economia mundial",  de 22.03.2011, nos dispensamos, agora, de fazer mais comentários, remetendo os nossos leitores para lerem (ou relerem) aquelas postagens.

Naquelas postagens demos a nossa explicação e posição sobre o assunto das dívidas externas soberanas dos países que, em grande parte,  atingidos pelos efeitos desse  grande "tsunami", causado pela fraude financeira que, tendo partido dos EUA, contaminou todo o sistema bancário mundial, e em que muitos bancos e banqueiros de muitos países cairam, uns "ingenuamente", acreditando  nas boas notações que  as poderosas mas não sérias "Agências de Rating", ao serviço da Banca de especulação  davam aos títulos tóxicos - "  Futuros e Derivados"   -  que os bancos de investimento  norte-americanos venderam à Banca mundial, outros "implicadamente", com gestão danosa, levando à "banca rota" vários bancos que só foram salvos in extremis, por alguns governos terem desviado avultadas quantidades de capital público (dinheiro dos contribuintes) para injectarem nesses bancos, com a argumentação de que não podiam deixar afundar o sistema financeiro nacional, pelas reações em cadeia que o não salvarem esses bancos poderiam acontecer.  


Desta maneira se misturaram com a mesma argumentação, os casos de prejuízos não causados por gestão danosa com os casos de bancos que foram implicados e cúmplices, com transações conscientes de venda dos chamados "títulos tóxicos", e em que, depois de a "Grande Fraude" implodir, os banqueiros e administradores desses bancos, e seus clientes e acionistas a eles mais ligados, sairem ilesos com as grandes fortunas ganhas rapidamente na ganância fraudulenta, deixando os enormes "buracos negros" da falência para os "governos amigos"  taparem, com enormes quantidades de capital público, desviados dos impostos dos contribuintes. 


A forte Democracia da Islândia (país pequeno mas muito avançado, moderno e antes com uma economia desenvolvida  e em bom crescimento), decidiu dar a palavra ao povo para ele se pronunciar, por duas vezes, em referendo. E O POVO ISLANDÊS, CORAJOSAMENTE, DISSE NÃO ! 

VIVA A ISLÂNDIA E A SUA DEMOCRACIA ! 

AGORA OS TRIBUNAIS INTERNACIONAIS QUE RESOLVAM E DECIDAM.        
 

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