sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

AVAAZ, A MAIOR ONG MUNDIAL INDEPENDENTE QUE LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS E PELAS POSIÇÕES CÍVICAS DA SOCIEDADE GLOBAL, INTENSIFICA CAMPANHA CONTRA O LESIVO PROJETO BELO MONTE

Caros amigos de todo Brasil,

Chegou a hora de agirmos! O governo brasileiro acaba de aprovar uma licença “parcial” que libera a derrubada de árvores para iniciar o canteiro de obras para a construção da usina de Belo Monte.

A decisão já teve forte repercussão, o Ministério Público Federal no Pará declarou que a licença é ilegal e não poderia ser emitida sem o cumprimento das condicionantes ambientais. Mas a Presidente Dilma está se fazendo de surda.

Somente uma mostra da indignação geral de brasileiros de todo o país conseguirá persuadir ela a revogar a licença. Nós sabemos que a pressão funciona! Se um número suficiente de pessoas ligarem para a Dilma, poderemos ajudar a proteger a nossa preciosa floresta e conseguir a revogação da licença ilegal. Se não agirmos, a floresta começará a ser derrubada, a construção dos canteiros de obra iniciará e ficará cada vez mais difícil reverter esse quadro.

Vamos inundar o gabinete da Dilma com telefonemas hoje, mostrando que estamos atentos e prontos para impedir a destruição do Rio Xingu.

Só leva alguns minutos.

Ligue para o gabinete da Dilma agora: (61) 3411.1200, (61) 3411.1201 ou (61) 3411.2403

Veja algumas sugestões do que falar ao telefone. Lembre-se de se apresentar e ser educado:
  • Peça a revogação imediata da licença parcial concedida esta quarta-feira e pare o andamento do projeto
  • Cite a renúncia do Presidente do IBAMA e o processo do Ministério Público Federal declarando a ilegalidade da licença
  • Peça investimento em eficiência energética e fontes verdadeiramente limpas que não causam uma devastação ambiental
  • De acordo com a lei brasileira e internacional, o governo tem a obrigação de proteger os direitos básicos das populações indígenas e comunidades locais
  • Mencione a petição para parar Belo Monte com mais de 385.000 nomes, dizendo que esperamos que ela ouça a população
Duas semanas atrás o ex-Presidente do IBAMA renunciou ao cargo, se recusando a ceder a pressão política para emitir a licença de construção de Belo Monte. Mas o governo rapidamente apontou Américo Ribeiro Tunes, um substituto leal que caladamente assinou a licença pouco depois de assumir o cargo.

Porém, a pressão está aumentando por vários lados. O Ministério Público Federal no Pará está comprometido a entrar na justiça para parar Belo Monte, líderes indígenas estão voando do Pará para se reunir com o governo e a nossa petição de 385.000 nomes será entregue em Brasília.

Vamos mostrar a nossa indignação! Ligue para o gabinete da Dilma agora: (61) 3411.1200, (61) 3411.1201 ou (61) 3411.2403. Juntos nós podemos proteger a Amazônia. Depois de ligar escreva para portugues@avaaz.org para contarmos o número de ligações.

Para fortalecer a nossa ação, ligue também para a Ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira: (61) 2028-1057 or (61) 2028-1289, peça para ela parar de se omitir, fazer o seu trabalho e impedir este desastre ambiental.

Com esperança,

Luis, Alice, Graziela, Ricken, Ben, Maria, Pascal e toda a equipe da Avaaz

PS. Se você ainda não assinou a petição contra Belo Monte, assine aqui: http://www.avaaz.org/po/pare_belo_monte/?vl

Fontes:

MPF vai à Justiça contra licença precária de Belo Monte:
http://www.prpa.mpf.gov.br/news/2011/mpf-vai-a-justica-contra-licenca-precaria-de-belo-monte

MPF questiona licença de Belo Monte na Justiça:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110128/not_imp672110,0.php

Belo Monte: licença parcial não existe:
http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2011/01/27/belo-monte-licenca-parcial-nao-existe-359392.asp

ONGs protestam e chamam licença parcial de Belo Monte de crime:
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2011/01/27/ongs-protestam-e-chamam-licenca-parcial-de-belo-monte-de-crime/

Reação em cadeia contra a licença a Belo Monte:
http://colunas.epocanegocios.globo.com/empresaverde/2011/01/27/reacao-em-cadeia-contra-a-licenca-a-belo-monte/

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Portugal é o 22.º país mais globalizado do mundo


De acordo com um estudo denominado Winning in a polycentric world, da consultora Ernst & Young e da revista The Economist, Portugal ocupa o 22.º lugar da lista de países mais globalizados do mundo, à frente de grandes potências como os Estados Unidos (28.º lugar), China (39.º) e Brasil (46.º).

O primeiro lugar da lista é ocupado por Hong Kong, seguido da Irlanda e Singapura. Já os últimos classificados são o Irão, Argélia e Venezuela.

O relatório da Ernst & Young estabelece o ranking dos 60 países mais globalizados, com base em indicadores agrupados em cinco grandes categorias (abertura ao comércio, movimentos de capital, intercâmbio de tecnologias, mercado de trabalho e integração cultural).

Cavaco Silva reeleito Presidente da República Portuguesa

Cavaco Silva, que se reelegeu presidente de Portugal


Com 52,94% dos votos expressos (2,23 milhões de eleitores), o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, foi reeleito para um segundo mandato de cinco anos nas eleições realizadas no domingo passado.

Com 19,75% (832 mil votos),  Manuel Alegre, candidato do Partido Socialista (PS), que governa Portugal, não alcançou o seu objectivo de obrigar Cavaco a disputar uma segunda volta.

No Brasil, o actual presidente obteve o voto de quatro em cada cinco eleitores. Veja aqui os números detalhados das eleições deste domingo:


Resultados das eleições presidenciais de 2011:

1. Cavaco Silva: 52,94% (2,23 milhões de votos)

2. Manuel Alegre: 19,75% (832 mil votos)

3. Fernando Nobre: 14,1% (594 mil votos)

4. Francisco Lopes: 7,14% (301 mil votos)

5. José Coelho: 4,5% (189 mil votos)

6. Defensor Moura: 1,57% (66 mil votos)

Votos em branco: 191 mil; Votos nulos: 87 mil;

Eleitores inscritos: 9.629.630; Eleitores votantes: 4.489.904 Abstenção: 53,37%

Pela união e defesa de um mundo onde cada ser humano poderá viver livre do medo do abuso e violência.

Caros amigos,

"O estupro corretivo”, a prática cruel de estuprar lésbicas para “curar” sua homossexualidade, está se tornando uma crise na África do Sul. Porém, ativistas corajosas estão apelando ao mundo para pôr fim a estes crimes monstruosos. O governo sul africando finalmente está respondendo -- vamos apoiá-las. Assine a petição e divulgue para os seus amigos!


Millicent Gaika foi atada, estrangulada, torturada e estuprada durante 5 horas por um homem que dizia estar “curando-a” do lesbianismo. Por pouco não sobrevive

Infelizmente Millicent não é a únca, este crime horrendo é recorrente na África do Sul, onde lésbicas vivem aterrorizadas com ameaças de ataques. O mais triste é que jamais alguém foi condenado por “estupro corretivo”.

De forma surpreendente, desde um abrigo secreto na Cidade do Cabo, algumas ativistas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent sirva para suscitar mudanças. O apelo lançado ao Ministério da Justiça teve forte repercussão, ultrapassando 140.000 assinaturas e forçando-o a responder ao caso em televisão nacional. Porém, o Ministro ainda não respondeu às demandas por ações concretas.

Vamos expor este horror em todos os cantos do mundo -- se um grande número de pessoas aderirem, conseguiremos amplificar e escalar esta campanha, levando-a diretamente ao Presidente Zuma, autoridade máxima na garantia dos direitos constitucionais. Vamos exigir de Zuma e do Ministro da Justiça que condenem publicamente o “estupro corretivo”, criminalizando crimes de homofobia e garantindo a implementação imediata de educação pública e proteção para os sobreviventes. Assine a petição agora e compartilhe -- nós a entregaremos ao governo da África do Sul com os nossos parceiros na Cidade do Cabo:

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl

A África do Sul, chamada de Nação Arco-Íris, é reverenciada globalmente pelos seus esforços pós-apartheid contra a discriminação. Ela foi o primeiro país a proteger constitucionalmente cidadãos da discriminação baseada na sexualidade. Porém, a Cidade do Cabo não é a única, a ONG local Luleki Sizwe registrou mais de um “estupro corretivo” por dia e o predomínio da impunidade.

O “estupro corretivo” é baseado na noção absurda e falsa de que lésbicas podem ser estupradas para “se tornarem heterossexuais”, mas este ato horrendo não é classificado como crime de discriminação na África do Sul. As vítimas geralmente são mulheres homossexuais, negras, pobres e profundamente marginalizadas. Até mesmo o estupro grupal e o assassinato da Eudy Simelane, heroína nacional e estrela da seleção feminina de futebol da África do Sul em 2008, não mudou a situação. Na semana passada, o Ministro Radebe insistiu que o motivo de crime é irrelevante em casos de “estupro corretivo”.

A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Surpreendentemente, um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade -- e mais do que tudo -- os poucos casos que são corajosamente denunciados às autoridades, acabam no descaso da polícia e a impunidade.

Isto é uma catástrofe humana. Mas a Luleki Sizwe e parceiros do Change.org abriram uma fresta na janela da esperança para reagir. Se o mundo todo aderir agora, nós conseguiremos justiça para a Millicent e um compromisso nacional para combater o “estupro corretivo”:

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl

Está é uma batalha da pobreza, do machismo e da homofobia. Acabar com a cultura do estupro requere uma liderança ousada e ações direcionadas, para assim trazer mudanças para a África do Sul e todo o continente. O Presidente Zuma é um Zulu tradicional, ele mesmo foi ao tribunal acusado de estupro. Porém, ele também criticou a prisão de um casal gay no Malawi no ano passado, e após forte pressão nacional e internacional, a África do Sul finalmente aprovou uma resolução da ONU que se opõe a assassinatos extrajudiciais relacionados a orientação sexual.

Se um grande número de nós participarmos neste chamado por justiça, nós poderemos convencer Zuma a se engajar, levando adiante ações governamentais cruciais e iniciando um debate nacional que poderá influenciar a atitude pública em relação ao estupro e homofobia na África do Sul. Assine agora e depois divulgue:

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl

Em casos como o da Millicent, é fácil perder a esperança. Mas quando cidadãos se unem em uma única voz, nós podemos ter sucesso em mudar práticas e normas injustas, porém aceitas pela sociedade. No ano passado, na Uganda, nós tivemos sucesso em conseguir uma onda massiva de pressão popular sobre o governo, obrigando-o a engavetar uma proposta de lei que iria condenar à morte gays da Uganda. Foi a pressão global em solidariedade a ativistas nacionais corajosos que pressionaram os líderes da África do Sul a lidarem com a crise da AIDS que estava tomando o país. Vamos nos unir agora e defender um mundo onde cada ser humano poderá viver livre do medo do abuso e violência.

Com esperança e determinação,

Alice, Ricken, Maria Paz, David e toda a equipe da Avaaz

Leia mais:

Mulheres homossexuais sofrem 'estupro corretivo' na África do Sul:
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2009/12/09/mulheres-homossexuais-sofrem-estupro-corretivo-na-africa-do-sul-915119997.asp

ONG ActionAid afirma que "estupros corretivos" de lésbicas na África do Sul estão aumentando:
http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/lifestyle/2010/03/22/243215-ong-actionaid-afirma-que-estupros-corretivos-de-lesbicas-na-africa-do-sul-estao-aumentando

Acusados de matar atleta lésbica são julgados na África do Sul:
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,acusados-de-matar-atleta-lesbica-sao-julgados-na-africa-do-sul,410234,0.htm


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sábado, 15 de janeiro de 2011

AMAZÓNIA - MAIS UMA AMEAÇA DE UM GRANDE DESASTRE ECOLÓGICO

Na nossa qualidade de Membro da AAVAZ, não podemos deixar de transcrecer mais um apelo de campanha que esta grande organização de cidadania mundial - a mais importante do mundo - está a promover e que nós aqui reproduzimos, como é nosso dever e fazemos habitualmente.
C.M.S.

A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 5,6 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 13 países de 4 continentes, operando em 14 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter

Caros amigos,


O Presidente do IBAMA se demitiu ontem sob forte pressão para permitir a construção do desastroso Complexo Hidrelétrico de Belo Monte, que iria devastar uma área imensa da Amazônia e expulsar milhares de pessoas. Proteja a Amazônia seus povos e suas espécies -- assine a petição para Presidente Dilma contra a barragem e pedindo eficiência energética:

Assine a petição!



O Presidente do IBAMA se demitiu ontem devido à pressão para autorizar a licença ambiental de um projeto que especialistas consideram um completo desastre ecológico: o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte.

A mega usina de Belo Monte iria cavar um buraco maior que o Canal do Panamá no coração da Amazônia, alagando uma área imensa de floresta e expulsando milhares de indígenas da região. As empresas que irão lucrar com a barragem estão tentando atropelar as leis ambientais para começar as obras em poucas semanas.

A mudança de Presidência do IBAMA poderá abrir caminho para a concessão da licença – ou, se nós nos manifestarmos urgentemente, poderá marcar uma virada nesta história. Vamos aproveitar a oportunidade para dar uma escolha para a Presidente Dilma no seu pouco tempo de Presidência: chegou a hora de colocar as pessoas e o planeta em primeiro lugar. Assine a petição de emergência para Dilma parar Belo Monte – ela será entregue em Brasília, quando conseguirmos 150.000 assinaturas:

https://secure.avaaz.org/po/pare_belo_monte/?cl=909517409&v=8167

Abelardo Bayama Azevedo, que renunciou à Presidência do IBAMA, não é a primeira renúncia causada pela pressão para construir Belo Monte. Seu antecessor, Roberto Messias, também renunciou pelo mesmo motivo ano passado, e a própria Marina Silva também renunciou ao Ministério do Meio Ambiente por desafiar Belo Monte.

A Eletronorte, empresa que mais irá lucrar com Belo Monte, está demandando que o IBAMA libere a licença ambiental para começar as obras mesmo com o projeto apresentando graves irregularidades. Porém, em uma democracia, os interesses financeiros não podem passar por cima das proteções ambientais legais – ao menos não sem comprarem uma briga.

A hidrelétrica iria inundar 100.000 hectares da floresta, impactar centenas de quilômetros do Rio Xingu e expulsar mais de 40.000 pessoas, incluindo comunidades indígenas de várias etnias que dependem do Xingu para sua sobrevivência. O projeto de R$30 bilhões é tão economicamente arriscado que o governo precisou usar fundos de pensão e financiamento público para pagar a maior parte do investimento. Apesar de ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, ela seria a menos produtiva, gerando apenas 10% da sua capacidade no período da seca, de julho a outubro.

Os defensores da barragem justificam o projeto dizendo que ele irá suprir as demandas de energia do Brasil. Porém, uma fonte de energia muito maior, mais ecológica e barata está disponível: a eficiência energética. Um estudo do WWF demonstra que somente a eficiência poderia economizar o equivalente a 14 Belo Montes até 2020. Todos se beneficiariam de um planejamento genuinamente verde, ao invés de poucas empresas e empreiteiras. Porém, são as empreiteiras que contratam lobistas e tem força política – a não ser claro, que um número suficiente de nós da sociedade, nos dispormos a erguer nossas vozes e nos mobilizar.

A construção de Belo Monte pode começar ainda em fevereiro.O Ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, diz que a próxima licença será aprovada em breve, portanto temos pouco tempo para parar Belo Monte antes que as escavadeiras comecem a trabalhar. Vamos desafiar a Dilma no seu primeiro mês na presidência, com um chamado ensurdecedor para ela fazer a coisa certa: parar Belo Monte, assine agora:

https://secure.avaaz.org/po/pare_belo_monte/?cl=909517409&v=8167

Acreditamos em um Brasil do futuro, que trará progresso nas negociações climáticas e que irá unir países do norte e do sul, se tornando um mediador de bom senso e esperança na política global. Agora, esta esperança será depositada na Presidente Dilma. Vamos desafiá-la a rejeitar Belo Monte e buscar um caminho melhor. Nós a convidamos a honrar esta oportunidade, criando um futuro para todos nos, desde as tribos do Xingu às crianças dos centros urbanos, o qual todos nós podemos ter orgulho.

Com esperança

Ben, Graziela, Alice, Ricken, Rewan e toda a equipe da Avaaz

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O TRIUNFO DA INSENSATEZ CONTRA A VIDA

AS ENXURRADAS DA DESTRUIÇÃO E DA MORTE E O TRIUNFO DA INSENSATZ CONTRA A VIDA



Não resistimos em dar a conhecer aos nossos leitores de todo o "universo Lusófono" e de outros países, um artigo publicado no dia 13 deste mês no importante jornal brasileiro O GLOBO, que nos foi enviado pelo nosso amigo Diretor/Editor no Brasil, membro do nosso "Conselho Editorial", Dr. Rubens Barros de Azevedo, transcrevendo-o e, assim, ampliando a difusão  da reflexão séria e avisada que a jornalista Miriam Leitão, escreveu a propósito das grandes calamidades causadas pelas chuvas e enxurradas intensas que estão a causar uma enorme tragédia em várias regiões do Brasil e por todo o mundo.

Todos sabemos que estas tragédias têm vindo a acontecer cada vez mais frequentemente e com maior grandeza e intensidade por todo o lado deste planeta, que continua a sofrer da incomensurável destruição assassina da insensatez humana que não deixa de dar prioridade à ganância e à corrupção de princípios e valores, mesmo aos mais altos níveis da governação das nações e sabendo conscientemente que estão a atentar contra toda a vida do planeta e de toda a biodiversidade que nele vive.

Os interesses privados de curto prazo continuam a sobrepor-se aos interesses públicos a favor da continuação da vida e da sustentabilidade do planeta - de que somos hóspedes temporários com a obrigação de o deixar melhor e mais saudável aos nossos filhos e sucessores.

As "Corporações do Mal", contiuam a Explorar e a destruir estupidamente tudo, mesmo perante as evidências e as denúncias que os cientistas e a opinião pública da cidadania mundial vão apresentando e mostrando de que o grau de devastação já compromete a vida no planeta a curto prazo - ou seja, já vai atingir muitos filhos e netos das gerações actuais - mostrando que a dimensão da ganância e estupidez já ultrapassa e contradiz, a própria noção de que o homem é um Ser racional, pois continua a insistir em levar por diante intervenções com objetivos de lucros fáceis e rápidos em decisões cujos custos e resultados materiais que originam tantos problemas, são custos bem mais elevados aos custos e resultados de soluções que emendariam os erros cometidos, ou que, desde logo, respeitariam os equilíbrios dos nossos eco-sistemas naturais e ofereceriam bem mais vantagens emediatas e futuras.

E os erros continuam a cometer-se e vão acumulando-se as ameaças, as tragédias, que semeiam a morte, a destruição, apesar de as ciências e as tecnologias para se corrigirem erros passados e acumulados e se inverterem os paradigmas que criam os problemas, já existirem para se encontrarem as soluções.

MAS PARECE QUE OS MAIS ALTOS RESPONSÁVEIS DA VIDA PÚBLICA, DA GOVERNAÇÃO E DA ECONOMIA, ISTO É, POLÍTICOS E EMPRESÁRIOS, CONTINUAM A DEMONSTRAR A INSENSATEZ E A GANÂNCIA DE PREFERIREM OS LUCROS EFÉMEROS DOS PROBLEMAS, DO QUE AS VANTAGENS DURADOIRAS E SUSTENTÁVEIS DAS INTELIGENTES SOLUÇÕES. 

É O TRIUNFO DA INSENSATEZ CONTRA A VIDA PELA ANTI-ECONOMIA DO TERROR !

Carlos Morais dos Santos
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O GLOBO - 13.01.2011
Miriam Leitão

Questão de tempo

Chuvas despencam em volume espantoso sobre áreas do Sudeste, fazendo mais de duas centenas de mortos só na Região Serrana do Rio. Na Austrália, vive-se a maior enxurrada em 120 anos. O Ibama passa por mais uma crise — a terceira — provocada pela exigência de licenciamento da hidrelétrica de Belo Monte. Assuntos separados? Não, partes da mesma insensatez.

Os cientistas estão avisando há tempos que os fenômenos naturais, que sempre estiveram conosco, como tempestades e secas, vão acontecer com mais frequência e com mais intensidade. No ano passado, o caudaloso, abundante e aparentemente infinito Rio Negro, na Amazônia, enfrentou uma seca que o transfigurou. As imagens que chegavam de seu leito seco em algumas áreas eram inacreditáveis para quem já o viu na cheia. Como outros rios amazônicos, ele tem oscilações fortes de volume de água, mas o extremo a que chegou na seca do ano passado foi impressionante. Anos atrás, uma seca na Amazônia exibiu o solo da região mais úmida do Brasil rachada como se fosse o Nordeste. É nessa região que o governo pretende construir a maioria das 61 novas usinas hidrelétricas, que, segundo matéria publicada no GLOBO, vão provocar o desmatamento de 5.300 km de florestas só nas áreas dos reservatórios e das linhas de transmissão. Uma dessas usinas é a mais emblemática e mais polêmica: a hidrelétrica de Belo Monte. Ontem, o presidente do Ibama, Abelardo Bayma, pediu demissão alegando motivos pessoais, mas a informação do Blog Político da “Época” é que ele saiu por discordar da licença de Belo Monte. Já houve outros episódios de desabamento no Ibama por causa da mesma hidrelétrica.

As cidades brasileiras não estão preparadas para o momento atual, o que dirá do futuro que os climatologistas prenunciam e alertam. A arquiteta e urbanista da Unicamp Andrea Ferraz Young me disse ontem que tudo foi feito errado no passado na ocupação do espaço urbano:

— Nunca foi considerado o funcionamento do sistema de margens dos rios e das várzeas, a vegetação foi suprimida sem planejamento. Toda a lógica das bacias e microbacias foi ignorada. As margens dos rios que deveriam ter matas ciliares foram cimentadas e concretadas. Os rios que serpenteavam foram transformados em canais retos. As galerias foram mal dimensionadas. O lixo obstrui tudo. Aí, quando vem a chuva, o solo não consegue absorver a água, e aumenta o volume que cai nos canais, que eram rios. Por não ter obstáculos, a água corre com mais velocidade e se transforma em enxurrada.

Ela acha que diante do aviso dos climatologistas de maior intensidade dos eventos extremos, é preciso repensar seriamente o espaço urbano. Uma das ideias mais óbvias e de mais difícil execução é a remoção de quem mora em área de risco:

— É preciso criar dentro das cidades áreas verdes para que o solo possa absorver a água, reduzindo o impacto da chuva, e, nas secas, elevar a umidade dos centros urbanos.

Tudo parece simples e é adiado. Só que o país corre contra o tempo. A Austrália parece um espelho avançado dos riscos que corremos com as mudanças climáticas. Teve quatro anos de secas extremas, consideradas as piores da história do país. Agora tem uma enchente que provocou em algumas áreas fenômenos chamados de “tsunami interno”. Brisbane, a terceira maior cidade do país, ficou submersa. O prejuízo já se conta em bilhões de dólares e o governo alerta que a população se prepare para o pior.

É neste contexto global de mudança do regime hidrológico que se pensa em construir às pressas e a manu militari hidrelétricas na nossa parte da maior floresta tropical do planeta. Belo Monte para ser construída terá que acabar com o que é hoje chamado de a Grande Volta do rio Xingu. Vai remover mais terra do que o necessário para fazer o Canal do Panamá. Terá uma instabilidade já prevista de geração de energia. A capacidade instalada será de 11 mil megawatts, na média pode ser de 4.000, se tanto. Mas pode-se chegar a apenas mil megawatts em alguns períodos do ano. Não estão bem dimensionados os custos fiscais, o governo estatizou o risco econômico através das empresas, do financiamento e dos fundos de pensão. Já os riscos ambientais não podem ser devidamente avaliados porque cada vez que o Ibama tenta fazer isso rolam cabeças. Foi assim que aconteceu em dezembro de 2009 com o então diretor de licenciamento Sebastião Custódio Pires e com o coordenador de infraestrutura e energia Leonildo Tabaja. Logo depois, em janeiro de 2010, o Ibama foi chamado à Casa Civil e enquadrado. Que o licenciamento saísse. Publiquei aqui neste espaço no dia 17 de abril, na coluna “Ossos do Ofício”, a reprodução dos documentos em que o Ibama foi simplesmente atropelado para dar a licença prévia. Agora querem a licença de instalação da mesma forma. A construção de Belo Monte enfrenta oito ações do Ministério Público.

Que país é este, que mesmo diante dos alertas da Natureza de que todos os riscos ambientais precisam ser bem avaliados porque o clima está mudando de forma acelerada, acha que se deve soterrar as dúvidas com uma barragem de autoritarismo? Que país é este, que acha que pode continuar ocupando o espaço urbano sem planejamento, não corrigir os erros do passado e contratar a repetição de tragédias? Ontem, o Bom Dia Brasil mostrou que moradores estão voltando a morar no Morro do Bumba, em Niterói, que desabou porque era uma favela feita sobre um lixão. Que país canta “Às margens do Ipiranga”, mas soterra o Ipiranga sobre concreto, como fez com inúmeros outros rios, córregos, riachos? Se você mora em tal país, está na hora de exigir que ele comece a mudar. É uma questão de tempo...  Leja mais: 
Estado do Mundo 2010 - WWI


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Faleceu Vítor Alves, um dos líderes da revolução democrática do 25 de Abril de 1974, em Portugal



Vítor Alves, um Homem da Liberdade, um Capitão de Abril, um dos mais brilhantes e moderados ideólogos da Revolução dos Cravos, a insurreição militar e popular que encerrou, em  25 de Abril de 1974, uma das mais longas ditaduras da Europa do séc. XX, os tristes e obscuros 48 anos de "salazarismo" que mantiveram Portugal numa longa noite de atrazo face à maioria dos países europeus e em que a maioria dos portugueses defensores da democracia, dos direitos humanos e do progresso, que tinham a ousadia de expressarem as suas posições, arriscavam a liberdade e até a vida.
 
Vítima de doença prolongada, faleceu  domingo (9), em Lisboa, aos 75 anos, o coronel Vítor Alves, um dos mais destacados integrantes do grupo de capitães que desencadeou a Revolução dos Cravos - 25 de Abril de 1974, instaurando no país um regime democrático. O funeral será realizado hoje.
Membro da direcção permanente do Movimento das Forças Armadas (MFA), ao lado de figuras como Otelo Saraiva de Carvalho e de Vasco Lourenço, Vítor Alves ficou também conhecido pelo seu estilo contemporizador no auge do processo revilucionário em Portugal.Pertenceu ao Conselho de Revolução e foi ministro dos II e III Governos provisórios.

Em 1982, foi nomeado conselheiro do então Presidente da República, Ramalho Eanes, ano em que passou à reserva como militar e foi extinto o Conselho da Revolução. Passou à reforma do Exército em 1991.

Durante a vida militar, esteve colocado em várias unidades, incluindo nas então colónias portuguesas de Angola e Moçambique, onde permaneceu 11 anos.

Recebeu em Portugal vários louvores e condecorações, entre os quais a Medalha de Mérito Militar e a Medalha de Comportamento Exemplar de Prata.

Vítor Alves foi nomeado para o cargo de ministro sem pasta em 1974, tendo exercido essas funções até 1975. Nessa qualidade foi responsável pelas pastas da Defesa Nacional e da Comunicação Social, tendo visto aprovada, por sua iniciativa, a primeira lei de imprensa pós-25 de abril, que vigorou até 1999. Foi também porta-voz do Governo. Desempenhou funções de ministro da Educação e Investigação Científica em 1975 e 1976.

Em 1985, foi candidato independente pelo PRD às eleições legislativas; depois, foi candidato à presidência da Câmara de Lisboa (1986) e ao Parlamento Europeu (1987). Participou na fundação da Associação 25 de Abril e posteriormente no conselho de acompanhamento do ministro da Justiça (1997-2000). Em 1983, Vítor Alves recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Era atualmente coronel na reserva.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

TROQUE 01 PARLAMENTAR MAU POR 344 BONS PROFESSORES


Recebemos no nosso correio a seguinte mensagem que apela a uma campanha de protesto, de denúncia, de exigência, para um Brasil mais justo, ético, competente e mais apetrechado para vencer os desafios do futuro. Agora que a nova Presidente do Brasil, Dilma Rouseff, tem uma grande oportunudade de conduzir o Brasil para as grandes transformações que podem tornar o Brasil, verdadeiramente, um país de futuro e uma nação líder e exemplar. 





    
 "No  futebol, o Brasil ficou entre os 
8 melhores do  mundo e todos estão 
tristes.  Na  educação é o 85º e 
ninguém  reclama..."
   
EU APOIO ESTA TROCA
   
TROQUE  01 PARLAMENTAR 
POR 344  PROFESSORES   

O  salário de 344 professores que 
ensinam  =  ao  de 1 parlamentar 
que rouba 
  
Essa  é uma campanha que  vale 
a pena! 
  
Repasso com solidária revolta! 

Prezado  amigo!

Sou  professor de Física, de ensino médio de uma  
escola pública  em uma cidade do interior da  Bahia 
e gostaria de expor a você o  meu  salário bruto 
mensal:  R$650,00 
 
Eu  fico com vergonha até de dizer, mas meu 
salário  é R$650,00.
Isso mesmo! E olha que eu ganho mais  que outros 
colegas de profissão que não possuem  um curso 
superior como eu e recebem minguados  R$440,00. 

Será que alguém acha que, com um  salário assim, 
a rede de ensino poderá contar  com professores 
competentes e dispostos a  ensinar? 

Não querendo generalizar, pois ainda  
existem bons professores lecionando.

Atualmente  a regra é essa: 

O professor faz de conta que dá  aula, o aluno faz 
de conta que aprende, o  Governo faz de conta que 
paga e a escola aprova o aluno mal preparado. 
Incrível, mas é a pura  verdade! 

Sinceramente, eu leciono porque sou um  idealista 
e atualmente vejo a profissão como um  trabalho 
social. Mas nessa semana, o soco que  tomei na boca 
do estomago do meu idealismo.
Foi  duro!

Descobri que um  parlamentar brasileiro custa 
para o país R$10,2  milhões por ano...  
São os parlamentares mais caros do mundo!

O  minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte  
R$11.545.
Na  Itália, são gastos com parlamentares R$3,9  
milhões, na França, pouco mais de R$2,8 milhões, 
na Espanha, cada  parlamentar custa por ano R$850
mil e na vizinha Argentina R$1,3 milhões.
 
Trocando  em miúdos, um parlamentar custa ao 
país, por  baixo,  688 professores com curso superior  !

Diante  dos fatos, gostaria muito, amigo, que você  
divulgasse  minha campanha, na qual o lema  será:

'TROQUE  UM PARLAMENTAR 
POR  344  PROFESSORES'.
 
Recomendar a leitura e o apoio a esta 
mensagem  é  uma obrigação, é sinal de 
patriotismo, pois a vergonha que  
atualmente impera em nossa  política  
está desmotivando o nosso povo e 
arruinando o nosso querido Brasil.
 
É o mínimo que  nós, brasileiros 
patriotas, podemos fazer:
Exigir...
Protestar...
Denunciar!!!

Dilma Rousseff, a primeira mulher presidente do Brasil, deve aprofundar a democracia brasileira

O primeiro-ministro português esteve ontem na tomada de posse da Presidente Dilma Rousseff


O ex-presidente do Brasil Lula da Silva que sai do seu posto com a maior taxa de aprovação do mundo de um primeiro dirigente democrático contemporâneo, indicou, apoiou e empenhou-se pessoalmente numa  campanha pessoal para que a sucessora indicada por ele - Dilma Rousseff - conquistasse a Presidência da República do Brasil, garantindo, assim, que o "Lulismo" tivesse continuidade e perpetuasse a sua obra política. 

Mau grado as inúmeras áreas sociais em que Lula da Silva não cumpriu as espectativas que alimentou, com as promessas da sua candidatura e no desempenho do seu cargo - tais como a diminuição da violência social, o combate à corrupção, as grandes melhorias na justiça, na saúde, numa educação para a literacia do séc. XXI e não, apenas, um alfabetismo simbólico que continua a ser uma iletracia funcional - e apesar de ter contribuído para a ascenção ao escalão base da classe média de mais de 20 milhões de brasileiros e ter  combatido com algum êxito a questão da fome, Lula da Silva deixa, mesmo assim, a Dilma Rousseff uma imagem de dirigente carismático, populista, com uma imagem interna e internacional, difícil de igualar.

Mas deixa também a grande expectativa de Dilma Rousseff não só conseguir continuar os aspetos positivos do Lulismo, como também de aprofundar a democracia, sobretudo nas áreas sociais, e em regiões do interior em que a pobreza, a ignorância e a falta de políticas públicas que promovam a ascenção de regiões, localidades e gentes, facilitam a conservação anacrónica e imoral do antigo coronelismo que submete fracos, compra votos e pratica a visível corrupção que resulta no despudorado enriquecimento pessoal de políticos.

Dilma Rouseff tem a grande oportunidade de se distinguir de Lula da Silva na concretização de medidas, políticas e estratégias que tornem o Brasil consideravelmente mais justo, mais seguro, mais equânime, com a educação, a justiça, a saúde pública e o desenvolvimento económico sustentável a beneficiar cada vez mais vastas camadas da população que ainda estão longe de uma vida digna e de realizarem a justa aspiração de ascenção a uma verdadeira classe média, definida não apenas como mais consumidora mas, sobretudo, como possuidora de competências e aptidões culturais e técnico-profissionais que a tornem detentora de uma verdadeira cidadania social e política, capazes de contribuirem para um Brasil de grande futuro e que seja exemplar para o mundo, em todos os planos. Esse Brasil é possível, assim Dilma Rouseff e os seus colaboradores e políticos apoiantes tenham a suficiente vontade, coragem e força política.


Dilma Rousseff não pode, portanto, limitar-se a garantir a continuidade do Lulismo. Ela tem de afirmar-se como um Novo Grande Agente Transformador e impulsionador do enriquecimento democrático de um país, como o Brasil, que tem todas as potencialidades de vir a ser um dos países da linha da frente de uma desejada Nova Era de Progresso assente no Desenvolvimento Humano e numa economia social ecologicamente sustentável, dinamizando um "Modelo de Ruptura" em relação aos perversos e falidos modelos de capitalismo feroz, ganancioso, neo-liberal sem controlo e sem responsabilidade social, causadores das mais infames crises que sempre só atingem os países mais refens desse capitalismo sem humanismo e as populações mais carentes e despreparadas para as grandes mudanças de paradigmas de que o mundo atual carece.

Para isso o Brasil tem de libertar-se da situação de refem da corrupção, mãe de todas as misérias e violências, inimiga demolidora da democracia, onde facilmente campeiam as corporações da droga, do tráfego de armas, assim como tem de regular e controlar as operações das gananciosas multinacionais que depois de sugarem o Brasil em mão-de-obra barata e com preços imorais ao consumidor, superiores aqueles que praticam em mercados de mão de obra bastante mais bem paga,  ainda beneficiam de leis que lhes favorece a exportação total dos seus lucros imorais, deixando para a fazenda pública as mínimas migalhas possíveis, que apenas possam pagar simbolicamente os favores recebidos a que o grande universo das PMEs brasileiras não tem acesso, apesar de representarem a esmagadora maioria do emprego.

Manifestações de solidariedade e esperança para com Dilma Rousseff vêm não só de grandes camadas da população brasileira mas também de muitos chefes de estado e primeiros dirigentes nacionais. Estão neste caso, as conversações que, antes e logo após a sua posse, foram tidas com vários chefes de estado. Destaco aqui o encontro com o primeiro ministo português José Sócrates que teve conversações em Brasília com a Presidente do Brasil Dilma Rousseff. 

Claro que, nesta fase, as primeiras conversações entre Chefes de Estado versam sobretudo,  aspetos mais pragmáticos da política e das relações entre estados, ou seja a formulação dos votos de continuidade e alargamento de cooperaçção económica. 

Mas é de crer que a pressão mundial para o desenvolvimento de "Uma Nova Ordem Económica, Política e Social" mais justa e sustentável, venha a confrontar-se com outra forte pressão no sentido da reconstrução do modelo que, agora, se auto-destruiu e estilhaçou provocando uma crise que avassalou o mundo como um verdadeiro "tsunami" de capitalismo financeiro neoliberal e de mercado de consumismo e oferta selvagem, sem controle e sem responsansabilidade social. 
O Brasil, pelo seu potencial económico e político será  suscitado para uma contribuição importante na construção de "Novos Paradigmas" que conduzam a uma necessária  transformação  que vá no sentido de "Uma economia Social de Mercado".

Os "olhos do mundo" estão, pois, virados na direção de Dilma Rouseff que tem, assim, a grande oportunidade histórica de não se limitar a garantir a continuidade dos aspetos positivos do Lulismo  e ir mais além, colocando o Brasil como um grande país, capaz de assumir um papel de liderança, pelo exemplo nacional interno e pela autoridade internacional que as suas transformações positivas  na direção de uma sociedade do "Bem-Estar e Ser", que suscitaria, certamente,  as solidariedades de muitos outros estados que já estão ou começam a estar trilhando esse caminho, como absoluta necessidade de sobrevivência e de construção de futuro redentor.    
 
Falando aos jornalistas na véspera do encontro, Sócrates nomeou como prioridades estreitar as relações políticas e económicas entre os dois países e afirmar o português no mundo.

Sócrates lembrou que a economia do Brasil está num processo de internacionalização e espera que as empresas brasileiras, a exemplo da Embraer, Votorantim e Camargo Correa, vejam Portugal como uma oportunidade.

“As principais empresas brasileiras estão a querer afirmar-se na economia global e nós gostaríamos que elas aproveitassem o facto de Portugal ser um país moderno e europeu para fazerem dali a sua base para a expansão global”, afirmou o primeiro-ministro à agência Lusa pouco antes da cerimónia da posse presidencial.

José Sócrates considerou ainda como estratégicas a parceria entre a Galp e a Petrobras e as presenças da Portugal Telecom no Brasil e da Embraer em Portugal, a qual lançará o país na indústria aeronáutica.

“É assim que se constrói um futuro comum. Não apenas com base no romantismo de uma história comum, o que nos interessa valorizar, mas principalmente olhando com confiança e juntando forças para competirmos na economia global”, sublinhou.

Questionado se, no encontro que teve no dia 02 com a nova Presidente do Brasil, discutiu a possibilidade de o Brasil vir a comprar títulos da dívida pública portuguesa, Sócrates negou.

“Não vou falar com Dilma Rousseff a propósito disso. O Brasil sabe muito bem o que fazer e não precisa de conselhos sobre como investir as suas reservas. Mas é verdade que o Banco do Brasil, no quadro das suas atividades, compra dívidas de Estados soberanos, e a prioridade que atribuirá à divida euro é matéria do Brasil”, respondeu.

Sócrates salientou ainda que, paralelamente ao aprofundamento das relações económicas, Brasil e Portugal devem levar a língua portuguesa para frente da batalha política.

“A responsabilidade histórica que cabia a Portugal de liderar a afirmação da língua portuguesa agora cabe aos dois países e, em particular, ao Brasil, que em breve terá 200 milhões de falantes em língua portuguesa. Estamos juntos nesta batalha de afirmação da língua portuguesa”, assinalou.

O primeiro-ministro português referiu ainda ter uma “excelente relação” com Dilma Rousseff e elogiou o Presidente cessante, Lula da Silva, que finaliza oito anos no poder com a aprovação de 87 por cento dos brasileiros.

“O Brasil no Governo do Presidente Lula transformou-se num país que quer ocupar o seu espaço na cena mundial e na economia global e isto dá a Portugal uma grande oportunidade”, concluiu Sócrates, apostando que Dilma Rousseff manterá a prioridade política para Portugal.


Carlos Morais dos Santos