domingo, 31 de julho de 2011

O ESTRAHNO COMPORTAMENTO DA POLÍCIA NO MASSACRE DE OSLO.

COM A DEVIDA VÉNIA TRANSCREVEMOS DO BLOG

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MAIS UMA PERTURBANTE MATÉRIA, BEM DOCUMENTADA E COM  PERTINENTE ARGUMENTAÇÃO, QUE DEIXAMOS À REFLEXÃO DOS NOSSOS LEITORES.





A polícia norueguesa dinamitou as cargas explosivas que encontrou na fazenda do alegado autor do massacre de Oslo, antes de qualquer peritagem ordenada por Tribunal competente. 

Um estranho comportamento, dado que estas poderiam servir de valiosas peças de convicção neste acontecimento. A polícia disse que os explosivos eram à base de nitrato de amónio e que as terá destruído para evitar um risco de explosão. Ora para que estas possam explodir é necessário juntar um componente, um combustível, dado que o nitrato de amónio é extremamente estável e necessita para explodir de uma temperatura elevada (mais de 200º) provocada por nitrometano ou TNT.
 
Por outro lado, parece difícil uma encomenda de 6 toneladas de adubo composto com nitrato de amónio não levantar suspeitas, sobretudo tratando-se de uma fazenda de cultura biológica.

Vários peritos em explosivos após analisarem as imagens da explosão de Oslo chegaram à conclusão que dificilmente esta terá tido origem no produto em causa, mas sim num explosivo muito mais potente, provavelmente de origem militar.

No dia 22 de julho, 600 jovens estavam reunidos no campo de verão do partido trabalhista na ilha de Utoya, quando às 17h Anders Breivik Behring vestido de polícia terá começado a disparar.

Vamos admitir que metade dos jovens tinham telemóvel e que um terço telefona a pedir socorro, ou seja 100 pessoas. Como é que a polícia diz ter recebido o primeiro telefonema apenas às 17h26 ?
As forças de segurança só chegam em frente da ilha às 18h... por não teram encontrado um helicóptero disponível ! Entretanto o canal de televisão NRK conseguiu alugar um helicóptero e filma as cenas do massacre.

Logo a seguir a polícia tem dificuldade em encontrar um barco disponível. Quando acaba por encontrar um barco, este tem uma avaria pouco tempo depois de iniciar a viagem ! (?)

À 18h25 a polícia chega finalmente à ilha. Dois minutos depois, Anders Breivik rende-se sem opor qualquer resistência.

No total, foram necessários 90 minutos para que as forças policiais pudessem intervir.

Como é que um único atirador conseguiu matar mais de 80 pessoas? Como as balas utilizadas foram balas de desfragmentação, que se pulverizam após o impacto, será impossível saber com que armas foram disparadas.

Poucas horas após este massacre somos inundados com informações detalhadas deste suspeito louro e de olhos azuis. Como é que o perfil de Anders Breivik na sua página do Facebook no dia 22 de julho não faz menção de ser cristão e conservador e no dia 23 de julho estas menções aparecem. Dado que já estava preso, quem é que tinha poderes para essa alteração?

Primeira versão (22 julho 2011) da sua página do Facebook:


Segunda versão (23 julho 2011), publicada nos jornais, com dois novos centros de interesse "cristão" e conservador"


sábado, 30 de julho de 2011

DOMINIQUE STRAUSS KAHN FOI EMINHADO POR AMEAÇAR A ELITE FINANCEIRA MUNDIAL ?

 

COM A DEVIDA VÉNIA, MAIS UMA VEZ,  NA SEQUÊNCIA DA ANTERIOR POSTAGEM, TRANSCREVEMOS ESTA MATÉRIA DO BLOG
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Dominique Strauss Kahn foi vítima de uma conspiração construída ao mais alto nível por se ter tornado uma ameaça crescente aos grandes grupos financeiros mundiais. As suas recentes declarações como a necessidade de regular os mercados e as taxas de transacções financeiras, assim como uma distribuição mais equitativa da riqueza, assustaram os que manipulam, especulam e mandam na economia mundial.

Não vale a pena pronunciar-nos sobre a culpa ou inocência pelo crime sexual de que Dominique Strauss Kahn é acusado, os media já o lincharam. De qualquer maneira este caso criminal parece demasiado bem orquestrado para ser verdadeiro, as incongruências são muitas e é difícil acreditar nesta história.

O que interessa aqui salientar é: quem beneficia com a saída de cena de Strauss Kahn?

Convém lembrar que quando em 2007 ele foi designado para ser o patrão do FMI, foi eleito pelo o grupo do clube Bilderberg, do qual faz parte. Na altura, ele não representava qualquer "perigo" para as elites económicas e financeiras mundiais com as quais partilhava as mesmas ideias.

Em 2008, surge a crise financeira mundial e com ela, passados alguns meses, as vozes criticas quanto à culpa da banca mundial e à ao papel permissivo e até colaborante do governo norte-americano. Pouco a pouco, o director do FMI começou a demarcar-se da política seguida pelos seus antecessores e do domínio que os Estados Unidos sempre tiveram no seio da organização.

Ainda no início deste mês, passou despercebido nos media o discurso de Dominique Strauss Kahn. Ele estava agora bem longe do que sempre foi a orientação do FMI. Progressivamente o FMI estava a abandonar parte das suas grandes linhas de orientação: o controlo dos capitais e a flexibilização do emprego. A liberalização das finanças, dos capitais e dos mercados era cada vez mais, aos olhos de Strauss Kahn, a responsável pela proliferação da crise "made in America".

O patrão do FMI mostrava agora nos seus discursos uma via mais "suave" de "ajuda" financeira aos países que dela necessitavam, permitia um desemprego menor e um consumo sustentado, e que portanto não seria necessário recorrer às privatizações desenfreadas que só atrasavam a retoma económica. Claro que os banqueiros mundiais não viam com bons olhos esta mudança, achavam que esta tudo bem como sempre tinha estado, a saber: que a política seguida até então pelo FMI tinha tido os resultados esperados, isto é os lucros dos grandes grupos financeiros estavam garantidos.

Esta reviravolta era bem-vinda para economistas progressistas como Joseph Stiglitz que num recente discurso no Brooklings Institution, poderá ter dado a sentença de morte ao elogiar o trabalho do seu amigo Dominique Strauss Kahn. Nessa reunião Strauss Kahn concluiu dizendo: "Afinal, o emprego e a justiça são as bases da estabilidade e da prosperidade económica, de uma política de estabilidade e da paz. Isto são as bases do mandato do FMI. Esta é a base do nosso programa".

Era impensável o poder financeiro mundial aceitarum tal discurso, o FMI não podia transformar-se numa organização distribuidora de riqueza. Dominique Strauss Kahn tinha-se tornado num problema.

Recentemente tinha declarado: "Ainda só fizemos metade do caminho. temos que reforçar o controlo dos mercados pelos Estados, as políticas globais devem produzir uma melhor distribuição dos rendimentos, os bancos centrais devem limitar a expansão demasiado rápida dos créditos e dos preços imobiliários Progressivamente deve existir um regresso dos mercados ao estado".

A semana passada, Dominique Strauss Kahn, na George Washington University, foi mais longe nas suas declarações: "A mundialização conseguiu muitos resultados...mas ela também um lado sombrio: o fosso cavado entre os ricos e os pobres. Parece evidente que temos que criar uma nova forma de mundialização para impedir que a "mão invisível" dos mercados se torne num "punho invisível"".

Dominique Strauss Kahn assinou aqui a sua sentença de morte, pisou a alinha vermelha, por isso foi armadilhado e esmagado.

In
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Quarta-feira, 18 de Maio de 2011


DOMINIQUE STRAUSS KAHN E O OURO FALSO DOS EUA !(?)

COM A DEVIDA VÉNIA, TRANSCREVEMOS MAIS ESTA POSTAGEM DO BLOG
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Na manhã de 14 Maio, o dia em que foi preso, Dominique Strauss-Kahn (DSK) tinha sido aconselhado pelos serviços secretos franceses (DGSE) a abandonar os EUA e regressar rapidamente à Europa, descartando-se do telemóvel para evitar que pudesse ser localizado. A delicadeza da informação secreta que lhe tinha sido entregue por agentes "d...elatores" da CIA justificava tal precaução.

Strauss-Kahn tinha viajado para os Estados Unidos para clarificar as razões que levavam os norte-americanos a protelar continuamente o pagamento devido ao FMI de quase 200 toneladas de ouro. A dívida, com pagamento acordado há vários anos, advém de ajustes no sistema monetário - "Special Drawing Rights" (SDR's).

As preocupações do FMI sobre o pagamento norte-americano ter-se-iam avolumado recentemente. Nesta viagem Strauss-Kahn estaria na posse de informação relevante que indiciava que o ouro em questão já não existia nos cofres fortes de Fort Knox nem no NY Federal Reserve Bank.

Mas Strauss-Kahn terá cometido um erro fatal: ligou para o hotel, já da plataforma de embarque, pedindo que o telefone lhe fosse enviado para Paris, o que permitiu aos serviços secretos americanos agir nos últimos minutos. O resto dos factos são do conhecimento público.

Já em prisão domiciliária, em Nova Iorque, DSK terá pedido ajuda ao seu amigo Mahmoud Abdel Salam Omar, um influente banqueiro egípcio. Era muito importante, para fundamento da defesa, que o egípcio lhe conseguisse obter a informação privilegiada sobre a "mentira" do ouro, que DSK tinha deixado "voar" em NY, para justificar a teoria da perseguição.
 
No entanto a intervenção voluntariosa do banqueiro egípcio saiu gorada. Dias depois Salam Omar foi igualmente preso nos Estados Unidos, também ele acusado de assédio sexual a uma empregada de hotel. Relatórios de diferentes serviços secretos internacionais convergem na conclusão: os factos que motivaram a prisão do egípcio são altamente improváveis, Salam Omar é um muçulmano convicto e um homem com 74 anos de idade.

A inversão de sentido na história da suite do Sofitel de NY começava aqui a ganhar consistência e outros factos viriam ajudar.
 

Em Outubro de 2009, Pequim terá recebido dos EUA cerca de 60 toneladas de ouro, num pagamento devido pelos americanos aos chineses, como acerto de contas no balanço de comércio externo. Com a entrega, Pequim testou a genuinidade do ouro recebido tendo concluído que se tratava de "ouro falso". Eram barras de tungsténio revestido a cobertura de ouro. As 5.700 barras falsas estavam devidamente identificadas com chancela e número de série indicando a origem - Fort Knox, USA.

O congressista Ron Paul, candidato às eleições presidenciais de 2012, solicitou no final do ano passado uma auditoria à veracidade das reservas do ouro federal que foi rejeitada pela administração Obama. Numa entrevista recente, questionado sobre a possiblidade de ter desaparecido o ouro federal de fort Knox, o congressista Ron Paul gelou os interlocutores respondendo liminarmente: "É bem provável!"

À "boca fechada" têm vindo, aqui e ali, a escapar informações, a avolumarem-se incertezas sobre as reservas de ouro norte-americanas. Mas as notícias referentes aos fortes indícios que de o ouro seja apenas virtual têm colhido uma tímida atenção na comunicação social americana.

A "verdadeira história" por detrás da prisão de DSK, agora pública, consta de um relatório secreto preparado pelos serviços de segurança russos (FSB) para o primeiro-ministro Vladimir Putin. Talvez por isso Putin tenha sido o primeiro lider mundial a assumir publicamente a ideia de que DSK terá sido "vítima de uma enorme conspiração americana".

Estes factos, a confirmarem-se, em nada ilibam DSK na suspeição que sobre si recai do eventual crime de assédio sexual a uma empregada do hotel mas, quem sabe, essa possa revelar-se como a pequena e ingénua ponta de um grande iceberg. A ser verdade, os serviços secretos norte-americanos, seguramente bem informados, terão sabido tirar partido das fraquezas do inimigo-alvo, aniquilando-o com eficácia cirúrgica - um pequeno crime de costumes, tão ao gosto do imaginário popular, pode bem ter contribuído para abafar crimes de contornos bem mais sérios, por eliminação de testemunha ou de prova.

Entretanto DSK prepara activamente a defesa em tribunal arregimentando já um verdadeiro "crack team" de ex-espiões da CIA, investigadores, detectives e media advisors. 

(Texto enviado por um leitor bem informado que prefere guardar o anonimato.)

The Times:

CNN:
Fox News:

The Daily Bail:

View Zone:

 American Free Press:


A PILHAGEM DAS RIQUEZAS DOS PAÍSES FRAGILIZADOS, PELOS CORPORAÇÕES BANCÁRIAS EM AÇÕES INTERNACIONAIS CONCERTADAS E EXECUTADAS PELO BANCO MUNDIAL, O F.M.I. E OUTRAS AGÊNCIAS SUBSIDIÁRIAS

COM A DEVIDA VÉNIA, TRANSCREVEMOS DO BLOG
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ESTA POSTAGEM ESPANTOSA QUE DEIXAMOS À REFLEXÃO DOS NOSSOS LEITORES, EM OBEDIÊNCIA À NOSSA FILOSOFIA EDITORIAL DE RESPEITO PELA INDEPENDÊNCIA DE OPINIÃO E LIVRE PENSAMENTO, PORQUE O PRO-CIVITAS UNIVERSALIS É UMA PRAÇA DA LIBERDADE ABERTA !


A estratégia dos grandes bancos e corporações internacionais, do Banco Mundial e do FMI, e outras centrais financeiras subsidiárias - leia-se dos grandes magnatas da finança global - para a pilhagem da riqueza dos países fragilizados é concretizada, principalmente, através da criação de dívidas soberanas (dívidas dos estados) impagáveis, as quais acabam por obrigar esses estados a realizar dinheiro, para o pagamento das suas dívidas, através da privatização (venda aos "investidores do mercado") de todo o património público dos países, que possam gerar lucros. Por exemplo e no caso português:

    a) Os transportes aéreos (TAP - Transportes Aéreos Portugueses e ANA - Aeroportos de Portugal);

    b) Os transportes ferroviários (CP - Comboios de Portugal e em estudo a REFER - Rede Ferroviária     Nacional);

    c) Os transportes rodoviários (Carris e STCP);

    d) Os metropolitanos (Metro de Lisboa);

    e) A electricidade (EDP - Electricidade de Portugal e REN - Redes Energéticas Nacionais);

    f) A água (Águas de Portugal);

    g) O gás e outros combustíveis (GALP);

    h) As comunicações e telecomunicações (Portugal Telecom e CTT - Correios de Portugal);

    i) A comunicação social (RTP - Rádio e Televisão de Portugal (Televisão Pública, Antena 1, 2 e 3) e LUSA - Agência de Notícias de Portugal);

    j) Campos petrolíferos (não há no caso português, ou melhor, os campos existentes ainda não foram considerados economicamente viáveis para serem explorados);

    k) Minérios (já antes foram concessionadas ao "capital estrangeiro" - Anteriormente, todas as minas rentáveis portuguesas)

    As cerejas em cima deste grande bolo são as seguintes:

    a) As privatizações são feitas a preços inferiores ao valor real das empresas devido ao facto destas vendas serem forçadas. Além disso, para ajudar a baixar ainda mais o preço de venda das empresas, as agências de notação financeira Moody's, Standard & Poor's e Fitch (controladas pelos grandes bancos e corporações internacionais) têm piorado sucessivamente a notação destas empresas. Este negócio de privatização é obviamente prejudicial para o interesse público;

    b) O aumento exigido do preço ao consumidor dos serviços a privatizar (electricidade, gás, água, transportes, etc.) é exigido antes e serve para garantir que as empresas a privatizar possam vir a dar lucros;

    c) A diminuição generalizada dos salários em resultado do aumento brutal do desemprego e das medidas administrativas de contenção das actualizações salariais face à inflação, garante maiores lucros em resultado da diminuição dos custos de produção;

    d) O controlo total da comunicação social dos países nas mãos dos privados (grandes corporações internacionais) facilitará futuras pilhagens sem que os cidadãos se apercebam da situação;

    e) O controlo total das comunicações dos países (imprensa, TVs, rádio, editoras, agências de informação e, já em especial, a Internet) nas mãos dos privados (grandes corporações internacionais) juntamente com controlo total da comunicação social permitirá às grandes corporações internacionais o controlo global da informação a que os cidadãos terão acesso. A título de exemplo, veja-se o caso de França, onde Sarkosy conseguiu a aprovação de uma lei que permite às empresas fornecedoras de acesso à Internet a capacidade de cortar o acesso à Internet a qualquer cidadão ou entidade colectiva com base em denúncias de "downloads ilegais", sem ser necessária uma ordem judicial para o efeito (ver nota 2). 

    Nota 1 - Convém chamar a atenção para o facto de que, desde há vários anos, as empresas privadas "portuguesas", que operam nestas áreas, têm vindo a ser compradas pelo chamado investimento estrangeiro (grandes bancos e corporações internacionais), graças à globalização e, em particular, à livre circulação de capitais imposta a todos os países.

    Nota 2 - A lei de Sarkosy é justificada oficialmente pela necessidade de defender os direitos de autor e impedir as cópias piratas via Internet. Porém, em termos práticos, quando o utilizador da Internet transfere um ficheiro digital (contendo uma música, uma fotografia, um livro, uma apresentação de PowerPoint , um vídeo do YouTube, etc. ) por qualquer via (downloads, messenger, e-mail, aplicações específicas, etc.), a maior parte das vezes, não sabe nem pode saber se o conteúdo está protegido por direitos de autor, ou se o pagamento do download cobre os direitos de autor. Quem disponibiliza na Internet ficheiros digitais para venda ou para partilha é que sabe se os seus conteúdos estão sujeitos ou não a direitos de autores. Portanto, não é o consumidor final dos ficheiros digitais que é responsável pela pirataria. Assim, torna-se claro, que o objectivo final e encoberto da lei de Sarkosy é o de permitir o corte discricionário do acesso à Internet aos cidadãos ou entidades colectivas "perigosos" para o sistema.

    As "ajudas" do FMI (os chamados resgates) para que os países possam honrar o pagamento das suas dívidas são, na prática, uma forma de endividar ainda mais os países que se encontram já muito endividados, pelas seguintes razões:

sexta-feira, 29 de julho de 2011

BRASIL É PRIORITÁRIO PARA A PLÍTICA EXTERNA PORTUGUESA - DIZ MINISTRO PORTUGUÊS DOS N.E., EM BRASÍLIA



O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, enfatizou na passada terça-feira (26), em Brasília, a posição prioritária do Brasil na política externa de Portugal. Uma “prioridade absoluta que não depende dos governos, nem dos partidos”, foi assim que Portas definiu as relações luso-brasileiras durante encontro com jornalistas.

Diplomacia económica, pragmatismo e reafirmação do cumprimento dos termos do acordo decorrente do empréstimo internacional  concedido recenetemente a Portugal estiveram no centro da abordagem feita pelo ministro à conjuntura portuguesa.

O chefe da diplomacia lusa e aliado do governo do primeiro-ministro Passos Coelho, do PSD, traçou as linhas fundamentais da crise económica e financeira que atinge o país, “obrigado a pedir ajuda externa por excesso de endividamento, excesso de despesa face à capacidade produtiva”.

Durante o almoço oferecido pelo embaixador de Portugal em Brasília, João Salgueiro, o ministro enfatizou que Portugal “vai cumprir o acordo, vai honrar a palavra” dada aos credores do empréstimo concedido pela “troika” (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).

Segundo Portas, “em Portugal há um consenso político muito largo” em torno do empréstimo e das políticas de austeridade a que ele obriga. “Oitenta e cinco por cento dos deputados apoiam o acordo”, disse.

Para o ministro e líder do partido CDS/PP (direita), “tem sempre um lado vexatório ter que pedir ajuda externa”, mas, “as crises são passageiras e as nações são permanentes”.

Paulo Portas apontou algumas das reformas que o governo pretende levar por diante e disse estar confiante na criação de condições para Portugal retornar a um ciclo de “crescimento e desenvolvimento”.

A tónica do seu ministério será colocada na diplomacia económica. Definindo-se como um “pragmático”, o ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu como objectivos imediatos a construção de uma “âncora muito mais forte nas exportações, a promoção dos produtos e marcas portuguesas e a conquista de mercados”.

"Melhorar a percepção de Portugal no exterior"

“Sou muito focado em diplomacia económica. O essencial é construir uma excelente diplomacia económica e melhorar a percepção de Portugal no exterior”, disse. Mas, como fazê-lo, tendo em conta a crise, os cortes orçamentais, as dificuldades da Aicep (Agência para a internacionalização e comércio externo de Portugal)?, questionou o Portugal Digital. A resposta foi breve: “Optimizar e maximizar. Articular a rede comercial com a diplomática”.

Outro vector da política que pretende imprimir no MNE é o que chama de “diplomacia da língua”. A este propósito, Portas repete, em Brasília, o discurso feito em Luanda e Maputo, que visitou nos últimos dias. Refere o universo de falantes em português, o número de países e as numerosas comunidades, mas, “acima de tudo, realça, o português é falado em quatro continentes”, o que, na opinião do chefe da diplomacia portuguesa, é como um passaporte para a perenidade da língua “numa globalização em que nem todas as línguas vão sobreviver”.

A promoção internacional da língua e a divulgação da imagem de Portugal são algumas das apostas enunciadas por Paulo Portas. Para 2012, o “Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal “, as expectativas são altas. O ministro disse desejar que os eventos que vierem a ser realizados “tenham nível, sejam exigentes”.


terça-feira, 19 de julho de 2011

"ASSASSINO ECONÓMICO- COMO SE DESTROI UM PAÍS EM NOME DA RAPINA FINANCEIRA

Em "Confissões de um Assassino Económico", o autor John Perkins, apresenta um documento que denuncia a forma como funcionam as poderosas forças do capitalismo financeiro mundial, designadamente as que são controladas pelos EUA, através das suas secretas agências.  No vídeo "Let's make money", que abaixo reproduzimos John Perkins dá um depoimento perturbador. O cidadão norte americano John Perkins que se intitula como um "ex-assassino económico" ao serviço como alto executivo de uma  entidade consultora internacional que, diz, é um dos muitos instrumentos de que se serve a mais poderosa e secreta agência norte americana ANS - Agência de Segurança Nacional do governo dos EUA, que detem uma estrutura e poderes muito superiores aos do FBI ou CIA.

John Perkins (Hanover, New Hampshire, 1945) nasceu nos Estados Unidos da América. É ativista na área do meio ambiente e culturas indígenas e também escritor. Seu livro mais conhecido é  "Confissões de um Assassino Econômico".

Em 1970, ao atuar no Corpo de Paz, no Equador, conhece um alto executivo da empresa de consultoria internacional MAIN, que é também um agente de alto escalão da Agência de Segurança Nacional. É convidado a entrar para a MAIN, o que faz em 1971, após se submeter, segundo alega, a um treinamento clandestino para tornar-se um assassino econômico.
Faz carreira meteórica na MAIN , tornando-se sócio em 1975. É encarregado de missões na Indonésia, Panamá, Equador e Arábia Saudita, para os quais elabora, segundo alega, estudos econômicos falsos, de sorte a fazer esses países tomarem empréstimos que se revelarão impagáveis no futuro e, assim, se tornariam economicamente dependentes dos países e corporações credores.

Com a morte, em condições suspeitas, dos presidentes Jaime Roldós, do Equador, e Omar Torrijos, do Panamá, decide em 1981 deixar a MAIN e denunciar em livro as atividades da empresa.

No entanto, por conta de supostos subornos e ameaças, adia por anos este projeto e o livro só começa a ser escrito sob o impacto dos atentados de 11 de setembro de 2001. Confissões de um Assassino Econômico é publicado em 2004 e ganha traduções em diversas línguas, inclusive o português.

Em 1982, cria uma empresa de energia elétrica que se utiliza de fontes não agressivas ao meio ambiente e passa a se interessar por culturas indígenas e xamanismo. Visita freqüentemente a Amazônia equatoriana e escreve livros sobre esses temas.
É casado pela segunda vez e tem uma filha, nascida em 1982.

Como Perkins atuava

A consultoria internacional MAIN, que seria um braço da Agência de Segurança Nacional, possuía um quadro de peritos, todos com vistosos currículos, que conferiam credibilidade a seus projetos económicos.
Perkins foi contratado inicialmente para fazer previsões de carga energética, ou seja, determinar quanto uma instalação de determinadas dimensão e localização geraria de energia elétrica no futuro e qual seria seu lucro em razão da venda da energia produzida. Esses números eram ultradimensionados de forma a fazer com que os países tomassem empréstimos na expectativa de pagá-los com os lucros a serem auferidos no futuro. Como esses lucros não se concretizavam, os países se tornavam devedores de empréstimos impagáveis.
Estudos semelhantes eram feitos com ferrovias e rodovias, por exemplo, em que o volume estimado de carga transportada no futuro acabava por ficar aquém da realidade.

Desmentido oficial

O Governo dos Estados Unidos desmente as afirmações de Perkins quanto a pretendida vinculação da MAIN a órgãos de segurança e sobre seu treinamento como assassino econômico.
Em extensa informação, contida no sítio oficial, o governo dos Estados Unidos declara que Perkins nunca recebeu orientação verbal ou escrita da ANS durante sua permanência na MAIN e que a ANS não atua na área econômica, mas especificamente na codificação e descodificação de documentos criptografados. O sítio insinua que Perkins possa estar ressentido com a ANS, pois teria se candidatado, sem sucesso, a um emprego na Agência, para escapar ao recrutamento militar na época da Guerra do Vietnam, o que acabou conseguindo ao ingressar no Corpo de Paz.

Fontes:
Expresso on line, Wikipédia e YouTube

segunda-feira, 18 de julho de 2011

QUEM ERAM OS BANCOS MAIORES CREDORES DA DÍVIDA PÚBLICA PORTUGUESA NO FINAL DE 2010. E AGORA, DAQUI PARA A FRENTE, QUEM SERÃO REALMENTE OS NOVOS DONOS DE PORTUGAL ?

A dívida pública portuguesa a bancos no final de 2010, estava assim distribuída:

Os 4 maiores bancos nacionais (CGD; BCP; BPI; BES) detinham 19, 6 mil milhões de Euros, sendo que só a CGD detinha 6.530 milhões  de Euros.

Dos 90 bancos europeus que detinham dívida pública portuguesa, só 49 revelaram serem credores da dívida pública nacional. No total, os bancos europeus detinham 40, 2 mil milhões de Euros, sendo a bancos da espanha (com 5.492 milhões de euros), da França (com 4.751 milhões), e da Alemanha (com 3.320 milhões de euros), as bancas dos países maiores credores de Portugal. 

Como é evidente, e depois do acordo de Portugal de emprétimo com o FMI, o Banco Central Europeu e a União Europeia, não só a estrutura da dívida por credores fica profundamente alterada, como até os seus valores, assim como os respectivos encargos financeiros em taxas de juro, se vão avolumar  consideravelmente, sobretudo em consequência da ação de ataque especulativo lançada pelas agências 3 principais agências de rating norte americanas, em especial a Moody's que é mais responsável pelo disparar dos juros altíssimos, verdadeiros garrotes de estrangulamento ao financiamento a Portugal e pela cobrança de imorais e juros, que mais comprometem a dívida pública portuguesa e a sua amortização, ao invés de a facilitarem.

Como aqui temos já várias vezes denunciado em vários textos, parece evidente e muito claro, que o objectivo último dos poderes que estão por detrás das famigeradas agências de rating, assim como por detrás das "instituições financiadoras" mundiais, são as grandes corporações do capitalismo financeiro mundial, verdadeiras "governadoras" deste neoliberalismo selvagem, predador, sem rosto, sem pátria, sem ética, sem responsabilidade social, que comandam os ínvios processos desta fase e desta face mais pérfida daquilo a que chamamos globalização.

São esses poderes que parecem estar mais interessados em que países mais débeis se afoguem em colossais e impagáveis dívidas, para depois, cobrarem bem mais do que essas impagáveis dívidas, através de "intervenções" em que mais facilmente tomam de assalto as suas economias e recursos, adquirindo facilmente a privatização desses recursos em condições leoninamente muito abaixo dos seus valores, dedicando-se à sua exploração exaustiva, até que arruinam esses países, para depois os abandonarem e voltarem as suas garras de rapina gananciosa para outras novas vítimas, deixando assim, sucessivamente, cada vez mais países à mercê do desemprego, da probreza.

Entretanto, O GRANDE IMPÉRIO DA FINANÇA, vai aumentado o seu poder, fazendo ruina económica aqui, intervenções bélicas um pouco por todo o lado, derrubando sistemas mais nacionalistas e resistentes, acolá, enfim, tudo o que seja necessário para que o controlo dos recursos e da finança mundial seja cada vez maior e esteja cada vez em maior volume nas mãos dos grandes "patrões" deste Casino Mafioso e Terrorista que, depois de terem corrompido dirigentes e líderes de todo o mundo, de dominarem a quase totalidade dos meios audio-visuais do planeta para formatarem as mentalidades e opiniões, depois de destruirem as verdadeiras economias reais nacionais, produtoras de bens e serviços transacionáveis de valor acrescentado, criadoras de emprego e riqueza para distribuição social da mesma, a seguir passaram a telecomandar a própria política, e acabaram por tornar os próprios estados refens e, como famintos chacais de ganância antropofágica, vão deglutindo Estados também, até que esta "globalização" fique de tal modo desregulada que se chegue irremediavelmente aos precipícios de novas e grandes guerras, das quais nunca se saberá  qual é "a nova ordem mundial" que do caos total sairá. 

Infelizmente, a história das ascenções e quedas dos impérios, tem demonstrado que os impérios são normalmente as maiores vítimas das perversidades com que se agigantaram e quizeram impor aos outros, mas o que nunca se sabe é o custo e as consequências para a humanidade de tais desastres históricos, nem quais serão as bases e paradigmas em que se volta a reconstruir Um Novo Mundo e quais as irremediáveis feridas que toda a vida do planeta terá e de como delas se poderá reabilitar.
C.M.S.

Vidé gráfico:

domingo, 10 de julho de 2011

STANDARD & POOR'S MANTEM "RATING" DE PORTUGAL, MAS A AGÊNCIA MOODY'S REBAIXOU PORTUGAL AO NÍVEL DE "LIXO". AFINAL, ONDE ESTÁ O LICHO? EM PORTUGAL OU NA CORRUPTA MOODY'S ?

QUEM É QUE É MESMO O LIXO? OS PAÍSES E AS EMPRESAS E INSTITUIÇÕES AVALIADOS PELA MOODY'S, OU ESTA AGÊNCIA É QUE É LIXO TÓXICO QUE DEVERIA SER REMOVIDO DO MERCADO ?

QUAL É A CREDIBILIDADE E O RESPEITO QUE PODEM MERECER ESTAS AGÊNCIAS DE RATING, DESIGNADAMENTE A MOODY´S, QUE ÀS VÉSPERAS DA FALÊNCIA FRAUDULENTA DA TRISTEMENTE FAMOSA LEHMON BROTHERS NORTE AMERICANA, AINDA LHE ATRIBUÍA A MAIS ELEVADA AVALIAÇÃO DE TRIPLO A- AAA?


Notícia da imprensa:
"A agência de rating Standard & Poor's mantém a opinião e os números relativos a Portugal, que deve conseguir baixar o défice público até 3% do produto interno bruto em 2013 e sairá da recessão em 2013 com um crescimento de 1%.

Ao Diário de Notícias/Dinheiro Vivo, o porta-voz da agência de rating, Martin Winn, disse que a análise de 16 páginas divulgada em Maio continua válida. Ela “resume a nossa opinião sobre Portugal. Não temos mais comentários a fazer nesta altura – e não comentamos as decisões relativas ao rating tomadas pelo nosso concorrente [Moody’s]”, acrescentou.

Em Maio, a Standard & Poor's  manteve o rating soberano em BBB-, ou seja, manteve a dívida nacional num nível de investimento ainda considerado sólido".

ESTA É A POSIÇÃO NESTE MOMENTO DA AGÊNCIA DE RATING STANDARD & POOR'S. A PERGUNTA QUE SE FAZ, A JULGAR PELO COMPORTAMENTO PASSADO É: ATÉ QUANDO? 

TRÊS AGÊNCIAS DE RATING NORTE AMERICANAS, CONCENTRAM 95% DO MERCADO DE "RATING", ISTO É, REPRESENTAM UM OLIGOPÓLIO, QUASE MONOPÓLIO NORTE AMERICANO QUE SE AUTO INVESTIRAM DO PODER DE AVALIAR A CAPACIDADE DE ENDIVIDAMENTO E O VALOR DE PAÍSES, EMPRESAS, INSTITUIÇÕES, DETERMINANDO LEONINAMENTE AS TAXAS DE JUROS DO MERCADO FINANCEIRO MUNDIAL.


Este mecanismo sem rosto, sem regulação, sem controlo sobre estas agências de rating, que determinam a "vida e morte" de instituições e empresas, mas que niguem escrutina e avalia, é uma das facetas mais pérfidas do capitalismo financeiro selvagem neoliberal que tem vindo a corroer a economia real do mundo - a verdadeira economia produtora de de bens e serviços criadora de emprego e riquesa - e a sequestrar governos, governantes, empresários e líderes que, sem revolta e até alguma cumplicidade, têm vindo a ficar passivamente refens deste capitalismo de casino e mafioso que se esconde por detrás destas agências de rating de que são, afinal, os seus principais financiadores mas não mandantes.  Outros sim, são os seus verdadeiros donos-acionistas.


Países e estados-nações antigos e de honrosa história, como Portugal, ficam à mercê de todas as manobras de ataques especulativos das grandes centrais financeiras mundiais - em que um dos mais poderosos e infestados centros é a famosa "Wall Street" de Nova Yorque -   ficando as suas economias sujeitas a descalabros que contaminam outras economias mais frágeis, podendo atingir proporções regionais - como é agora o caso da UE - saldando-se estes verdadeiros actos de terrorismo financeiro por falências, desemprego e todas as misérias associadas, enquanto que os "mandantes" destas manobras vão enriquecendo sem mérito e trabalho à custa das desgraças que provocam, como aves de rapina que só se alimentam da carne em decomposição, das suas vítimas recem-abatidas.


E, assim, estas poderosas agências de Rating vão "ditando" as avaliações de países, empresas e instituições do mundo, como sendo "Supremos Tribunais Mundiais" com poderes indiscriminados e não regulados para sentenciarem à ruína países e instituições, quando não passam de escritórios privados, de técnicos de análise financeira, pagos pelos governos, instituições e empresas de todo o mundo, que em muitos casos acabam vítimas das suas avaliações. 

Estas agências não têm nenhuma autoridade legal democraticamente outorgada pelos "Nações Unidas" ou outro Forum representativo mundial. É claro que por detrás dos estados, instituições e empresas contribuintes destas agências, se escondem outros poderosos "patrões" do capitalismo financeiro mundial que se servem destas agências - de que são acionistas - para construirem os seus impérios à custa da desregulação e do caos financeiro que provocam em países de economias mais frágeis, tornando-se em alvos mais fáceis aos seus ataques especulativos, quer sejam pelo lado da fragilização das moedas, quer seja pelo lado da "bancarrota" causada nas Bolsas de Valores, com enormes golpes financeiros de entradas de capital na procura e compra em baixa, causando inflação de valores, que a seguir vendem em alta, para depos, repentinamente, abandonarem, desvalorizando as empresas e instituições e suscitando o crescimento de enormes dívidas públicas e privadas, que se propoem depois financiar (através de bancos, FMI, etc.), ajuros altíssimos, inflacionados pelas mesmas agências de rating. É este o ciclo criminoso e infernal que este capitalismo financeiro tem vindo a provocar, atacando também outras moedas, como é o caso agora do Dollar debilitado que ataca o Euro valorizado, com intenção de o enfraquecer.


Hoje em dia o controlo e domínio mundial financeiro está também muito ligado ao domínio da comunicação social, criando ofensivas em várias frentes em que, por um lado, se usam instrumentos de manipulação financeira como as agências de rating e outras instituições financeiras só aparentemente respeitáveis, por outro, se usam os meios de comunicação de massas e os audio-visuais em geral, para manipular e formatar a opinião pública mundial. Veja-se a rapidez e subtileza, sem aparentes reclamações e contestações, com que a mais tenebrosa fraude financeira da história da humanidade, desencadeada a partir dos EUA se transformou adjectivamente na designação eufemística de "crise mundial", expressão vaga e algo culposa não dos responsáveis pela fraude, mas dos países e populações que, sendo vítimas, acabaram sendo responsabilzados por "viverem acima das suas possibilidades", endividando-se mais do que podiam, quando a isso foram compelidos e arrastados pelo próprio pérfido sistema financeiro!


Para suportar esta análise, limito-me a relembrar dois indicadores que mostram bem de onde veio a grande fraude e de como e porquê ela se transformou em crise mundial em que as vítimas passaram a culpados: Por um lado, as três Agências de Rating norte-americanas que têm estado a manipular a avaliação da economia mundial - Moody's, Standard & Poor's e Fitch - concentram 95% do mercado de rating mundial; Por outro lado, o mercado mundial de audio-visuais (imprensa, TV, rádio, editoras, internet, satélites de comunicações, etc.) é detido directa e indirectamente em cerca de 90% pelo capital financeiro norte americano. Com estas duas poderosas armas/instrumentos, é fácil perceber de onde pode formar-se os terríveis golpes financeiros mundiais, verdadeiros Tsunamis que varrem e destroem a economia mundial a favor do capital financeiro especulativo e não produtor e distribuidor justo de riqueza para o mundo.
 

Em síntese, esta chamada "crise económica mundial", melhor seria designada por "tsunami da maior fraude financeira global da história", não foi, portanto, uma crise económica, mas sim uma gigantesca fraude financeira que, em consequência, envenenou a economia global, por ter  "encharcado" os bancos e as Bolsas de Valores de todo o mundo com "falsos produtos financeiros do sub-prime" do chamado, esse sim, "lixo financeiro tóxico"!


Outra questão curiosa que se pode colocar em apoio ao que acabo de acima concluir é a seguinte:
Qual tem sido a avaliação dessas três Agênncias de Rating em relação aos EUA, à sua economia e ao estado da dívida norte americana e muitas das suas instituições e empresas multinacionais? Até aqui a resposta tem sido a de avaliações de triplo A, isto é, AAA, que significa a pontuação de confiança máxima e de solidez financeira. Ora, como se sabe, não é essa a situação dos EUA, bem pelo contrário, as finanças e a economia da grande e poderosa nação americana estão em grande desequilíbrio com uma gigantesca dívida externa, das maiores do mundo, com uma economia  parcialmente em colapso, altos índices de desemprego, empobrecimento grave de vastas camadas da população, vários sectores empresariais em grave crise de insolvência e falência, sectores industriais tecnologicamente ultrapassados e em decadência, etc.etc.   


Ainda recentemente, a agência de rating chinesa Dagong acusou as rivais norte-americanas (Standard&Poor’s, Moody’s e Fitch) de estarem a cometer o mesmo erro que levou à crise financeira mundial, em 2008, ao se recusarem a fazer um downgrade no rating dos EUA apesar do «estado de insolvência e das crescentes dificuldades do país em pagar a dívida» da maior economia mundial.

Em declarações ao semanário português SOL, Chen Jialin, director-adjunto do departamento internacional da Dagong, refere que as três maiores agências mundiais de notação de crédito apenas lançaram os avisos recentes sobre a elevada dívida dos EUA devido «à pressão da opinião pública» e não por sua vontade.
Só agora a Standard&Poor’s colocou o rating dos EUA em ‘vigilância negativa’ – o primeiro passo para uma eventual descida da notação – no mês passado, surpreendendo os investidores internacionais. Os EUA ainda mantêm a classificação máxima – AAA – junto da S&P, Moody’s e Fitch, o que indica que o país tem uma hipótese quase nula de entrar em incumprimento junto dos credores.


Porém, a folha financeira dos EUA está longe de ser exemplar. O Estado tem um défice orçamental superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e uma dívida pública que ronda 100% do PIB, que cresce abaixo de 2%. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner reiteraram esta semana que, se o tecto da dívida nos EUA não for aumentado pelo Congresso – de maioria republicana –, o país corre o risco de entrar em incumprimento em Agosto.

Numa primeira fase, a Dagong fez um downgrade do rating dos EUA, do nível máximo, AAA, para AA, devido à inexistência de uma «solução credível» para a resolução do défice orçamental no longo prazo, que estava a levar o país para um «crise da dívida», adianta o responsável.
A decisão da FED, o banco central norte-americano, de injectar mais de 600 mil milhões de dólares na economia através da emissão de moeda, em Novembro de 2010, reflectiu o «colapso do estado de solvência dos EUA e a deterioração da capacidade de pagar as suas dívidas», salienta a agência chinesa. Este evento levou a Dagong a fazer um novo corte na notação dos EUA, para A+. 

AS DEMOCRACIAS PODEM E DEVEM SER LEGITIMAMENTE AUTO-REGULADAS PELAS SUAS INSTITUIÇÕES REGULADORAS DEMOCRATICAMENTE ELEITAS E ESCRUTINADAS PARA DISPENSAREM A EXISTÊNCIA DESTAS ORGANIZAÇÕES PÉRFIDAS, CORRUPTAS E PARASITÁRIAS QUE NÃO SÃO REPRESENTATIVAS DE NADA A NÃO SER DOS INTERESSES OBSCUROS QUE AS COMANDAM. 

CONCRETAMENTE A U.E. DETEM OS SEUS PRÓPRIOS ORGÃOS OFICIAIS DE SUPERVISÃO E AVALIAÇÃO DOS SEUS PAÍSES MENBROS, COM ELEVADA COMPETÊNCIA, E NÃO CARECEM DE CONTINUAR A PAGAR E A DEPENDER DESTAS "MERCENÁRIAS" AGÊNCIAS DE RATING.
 
POR TUDO ISTO, DEVEMOS PROCLAMAR EM TODA A PARTE DESTE MUNDO AS AGÊNCIAS DE RATING COMO LIXO TÓXICO PERIGOSO, ILEGAL E CRIMINOSO CONTRA A ECONOMIA E A HUMANIDADE!

POR ÚLTIMO, OCORRE-ME RELEMBRAR AQUI, PARTE DO EXCELENTE E LÚCIDO ARTIGO DO PRESTIGIADO JORNALISTA PORTUGUÊS ALFREDO BARROSO, QUE O PRO-CIVITAS PUBLICOU NA ÍNTEGRA EM  23 DE ABRIL DE 2011.
Carlos Morais dos Santos











O TRIUNFO DOS AGIOTAS - UMA HISTÓRIA DE GANGSTERS
Por Alfredo Barroso


... " É verdade o que diz Jean-Claude Trichet, presidente do BCE: «Os bancos teriam todos desaparecido se nós não os tivéssemos salvo». Mas o paradoxo é evidente: os Estados endividaram-se para evitar o colapso dos bancos, mas agora são os bancos que impõem aos Governos a adopção de políticas de austeridade brutais, que podem conduzir ao colapso dos Povos e dos Estados. Para tanto, socorrem-se das já famosas agências de rating, que «espancam» os Governos até estes atirarem «a toalha ao chão».

3. «GANGSTERISMO». Parece-me ser a expressão mais adequada para descrever a actividade das agências privadas de qualificação de riscos, mais conhecidas como agências de rating. Trabalham para quem lhes paga, sobretudo os bancos, proporcionando aos especuladores financeiros, e aos investidores oportunistas de alto calibre, juros sempre mais elevados para os seus empréstimos. Para tanto, «sovam» os Governos de vários países em sérias dificuldades económicas e financeiras, até eles não aguentarem mais «espancamentos». E se continuarem a resistir, apontam-lhes uma «pistola» à cabeça e ameaçam: «Ou cedes ou morres de bancarrota»! As agências de rating são, assim, uma espécie de gangsters ao serviço da agiotagem.

Apesar da veneração que suscitam entre os economistas e jornalistas especializados ao serviço do capital financeiro, as agências de rating não são entidades de direito divino. De facto, são empresas privadas ao serviço de interesses privados, que acumulam já, ao longo da sua história, muitos casos de manifesta incompetência, escandaloso favoritismo e oportunismo irresponsável. Além disso, não são avaliadas nem fiscalizadas por qualquer entidade reguladora e, ainda por cima, funcionam praticamente em regime de oligopólio: apenas três agências - Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch - repartem entre si mais de 95 % do mercado e as duas primeiras quase 80 %. Para já nem falar dos óbvios conflitos de interesses em que incorrem.

O actual Presidente da República, Cavaco Silva, gostaria de impor um silêncio patriótico aos políticos e comentadores (infelizmente, poucos!) que criticam as agências de rating. Todavia, abundam os casos em que elas contribuíram para agravar as crises. Vejamos dois exemplos recentes.
Desde logo, o caso do magnata Bernard Maddoff, sem dúvida um dos maiores vigaristas do século, que exibia, no cartão de apresentação da sua entidade financeira, um rutilante triplo A (AAA), que é a classificação positiva máxima atribuída pelas agências de rating. Foi parar à cadeia.
Depois, o caso das famosas hipotecas subprime e dos tão sofisticados como «tóxicos» produtos financeiros que ajudaram a fabricar, que incluíam nomeadamente títulos de dívida (obrigações) do Lehman Brothers. Todos eles beneficiaram também de um rutilante triplo A. Mas foi precisamente a falência do Lehman Brothers que desencadeou a gigantesca crise financeira de 2008, nos EUA, que depois alastrou à Europa, e cujas consequências ainda hoje estamos a sofrer. Vale a pena lembrar aqui uma passagem do relatório final da Comissão de Investigação do Congresso dos EUA que foi constituída para apurar as causas da grave crise financeira. Reza assim:
«Concluímos que os erros cometidos pelas agências de qualificação de riscos (agências de rating) foram engrenagens essenciais na maquinaria de destruição financeira. As três agências foram ferramentas chave do caos financeiro. Os valores relacionados com hipotecas, no coração da crise, não se teriam vendido sem o selo de aprovação das agências. Os investidores confiaram nelas, na maioria dos casos cegamente. (…) Esta crise não teria podido ocorrer sem as agências de rating. As suas qualificações (máximas) ajudaram o mercado a disparar, e quando tiveram de baixá-las (até ao nível de «lixo»), em 2007 e 2008, causaram enormes estragos».

O relatório salienta que a Moody’s - que em 2006 foi uma autêntica fábrica de atribuição de classificações máximas a títulos hipotecários - deve ser considerada como um case study sobre as más práticas que provocaram a crise. De facto, entre os anos 2000 e 2007, a Moody’s considerou como de máxima solvência (AAA) nada menos do que 45.000 valores relativos a hipotecas. O relatório refere a existência de modelos de cálculo desfasados, as pressões exercidas por empresas financeiras e a ânsia de ganhar quota de mercado que se sobrepôs à qualidade das qualificações atribuídas.
Mas, apesar destas conclusões devastadoras para a credibilidade das agências de rating, estas não hesitaram em aumentar os salários e prémios dos seus executivos, já depois de conhecido o relatório. O caso da Moody’s foi o mais escandaloso. O seu presidente executivo, Raymond Mc Daniel, recebeu em 2010 um aumento de 69 % do seu salário anual, que trepou até aos 9,15 milhões de dólares (cerca de 6,4 milhões de euros). Um motivo invocado, entre outros, foi o facto de ter ajudado a «restaurar a confiança (!) nas qualificações atribuídas pela Moody’s Investors Service, ao elevar o conhecimento sobre o papel e a função dessas qualificações».

Raymond Mc Daniel foi chamado a testemunhar perante a Comissão de Inquérito acompanhado pelo principal accionista da Moody’s, Warren Buffet. Mas este lavou as mãos, como Pilatos, declarando que não fazia a menor ideia sobre a gestão da agência, e que nunca lá tinha posto os pés. Explicou, no entanto, que tinha investido na empresa porque o negócio das agências de rating era «um duopólio natural, o que lhe dava um incrível poder sobre os preços»! Na transcrição do depoimento de Raymond Mc Daniel perante a Comissão de Inquérito do Congresso também surge uma declaração surpreendente. Disse ele: «Os investidores não deveriam confiar nas qualificações (das agências) para comprar, vender ou manter valores»! Não foi ingenuidade. Foi insolência e hipocrisia. Infelizmente, em relação a Portugal, ninguém seguiu o conselho deste senhor Raimundo…

4. PORTUGAL. Cumpriu-se o fado. O destino marca a hora. Como na famosa canção de Tony de Matos: «Se o destino nos condena / Não vale a pena / Lutarmos mais». Portugal foi «sovado» pelas agências de rating até à exaustão. Estava marcado para «morrer de bancarrota» se não cedesse às exigências do capital financeiro. No dia 5 de Abril de 2011, o «Jornal de Negócios» noticiava: «Bancos cortam crédito ao Estado». E explicava: «Os banqueiros reuniram-se ontem no Banco de Portugal. Não vão financiar mais o Estado. Querem um pedido de ajuda intercalar de 15 mil milhões – e já! O Governo tem de pedir e o PSD e o PP têm de subscrever».
«E já!». Perceberam? Foi assim, sem qualquer pudor, que o ultimato foi anunciado, que a «pistola» foi apontada à cabeça da vítima que já estava na fila de espera para ser «garrotada» pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira. Cerca de 24 horas depois, já tínhamos direito a ouvir o sr. Olli Rehn (criatura finlandesa em quem não votámos e que fala inglês aos soluços) a explicar à Europa e ao Mundo o que é bom para Portugal - e não necessariamente para a grande maioria dos portugueses. Olli Rehn é comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários. Trabalha, portanto, sob a direcção (!?) do sr. Durão Barroso, ex-presidente do PSD e ex-primeiro-ministro, que foi «sovado» pelo PS (de Ferro Rodrigues) nas eleições europeias de 2004 e que, a seguir, abandonou o Governo que chefiava «com o rabo entre as pernas», pouco depois de ter prometido ao país que não o faria, para ir ocupar em Bruxelas o cargo de presidente da Comissão Europeia, que lhe foi oferecido pela direita.

Como escreveu Pierre Bourdieu há onze anos: «Temos uma Europa dos bancos e dos banqueiros, uma Europa das empresas e dos patrões, uma Europa das polícias e dos polícias, teremos em breve uma Europa das forças armadas e dos militares» (esta está quase!). Infelizmente, ainda não existe um movimento social europeu unificado, capaz de reunir diferentes movimentos, sindicatos e associações de diferentes naturezas, e capaz de resistir eficazmente às forças dominantes, a essa «Europa que se constrói em torno dos poderes e dos poderosos e que é tão pouco europeia».

Ao contrário do que algumas vozes bem intencionadas andaram a  proclamar, a gravíssima crise económica e financeira desencadeada pelas más práticas do hipercapitalismo não deu origem a um «novo paradigma». Paralisada (e neutralizada) pelas sucessivas concessões que fez à doutrina neoliberal, a social-democracia europeia assiste, política e ideologicamente desarmada, ao que alguns já designam como «nova contra-revolução social thatchero-reaganiana». Até onde poderá ela ir? Nesta verdadeira guerra dos «mercados» contra os Estados, foi manifesta a incapacidade dos europeus para definir uma estratégia progressista comum para enfrentar a crise. Isso foi perfeitamente percebido pelos «mercados», que decidiram aproveitar essa sua vantagem para atacar frontalmente os Estados mais frágeis, com o objectivo de desregular ainda mais os mercados internos e de exigir mais privatizações. E é exactamente isso que está a acontecer aqui e agora.

A estratégia europeia de saída da crise mundial é clara: desregulação dos mercados de trabalho, deflação salarial, desemprego estrutural, menor protecção no emprego, restrições orçamentais, privatizações em massa, etc. É uma estratégia aparentemente paradoxal, que torna ainda mais vorazes os «mercados», que exigem sempre tudo e nunca se sentem saciados. Mas é também uma estratégia fundamentalmente recessiva, que pode provocar um aumento significativo das reivindicações sociais e políticas. «Neste braço-de-ferro, o estatuto do euro é um teste definitivo», dizem os entendidos. E a questão está em saber se «será, finalmente, posto ao serviço da promoção de um modelo social sustentável» ou «irá tornar-se o vector da destruição do que resta do Estado de bem-estar europeu». Os exemplos da Grécia, da Irlanda e de Portugal não auguram nada de bom para o Estado social.

Como já se noticia, a «ajuda» financeira do FEEF e do FMI servirá, essencialmente, para Portugal «pagar o que deve aos credores, sobretudo bancos estrangeiros que, ao longo de décadas, foram fornecendo fundos aos bancos nacionais e que estes depois canalizavam para a compra de casas, carros e créditos às empresas» («DN», 08/04/2011). Para além de cortes em salários, pensões, subsídios de desemprego e outras prestações sociais, fala-se em «reformas mais profundas do mercado de trabalho, menor protecção no emprego, maior abertura da Educação e da Saúde aos privados, subida dos impostos». (O dr. Passos Coelho deve estar radiante!). Também se diz que «mal as condições melhorem, o Estado deve começar a sair (privatizar) das empresas de transportes. Casos da ANA, TAP, CP, Refer, Carris, Metro de Lisboa e do Porto». Não haverá mais nada para privatizar? Claro que há! Um Estado bem desmantelado dá para enriquecer vários oligarcas.

Enfim, temos este país pronto a morrer da cura. Graças ao «trabalho sujo» das agências de rating (os «gangsters» desta história) ao serviço dos «mercados» (os agiotas). Mas também graças aos «bons ofícios» do actual Presidente da República, à «ansiedade do pote» de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, e ao extraordinário «sentido de oportunidade» de Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã. Sem esquecer as evidentes responsabilidades de José Sócrates, que não resistiu às sucessivas concessões que foi fazendo ao «blairismo» e ao «neo-centrismo», ou seja, à doutrina neoliberal.

Observação final. Várias são as vozes que afirmam que o FMI não é nenhum papão e não mete medo a ninguém, porque já cá esteve no século passado e tudo correu às mil maravilhas. É quase verdade, mas esquecem-se de um pequeno pormenor que faz toda a diferença: é que, quando o país sair exausto e exangue dos próximos anos de brutal austeridade, não haverá mais uma CEE à nossa espera para «inundar» Portugal com as «catadupas» de fundos comunitários que fizeram a felicidade do cavaquismo!"
 
                                             ALFREDO BARROSO (*)      
 9 de Abril de 2011
*Alfredo Barroso é licenciado em Direito,
é jornalista, analista e comentador político de prestígio.