segunda-feira, 13 de junho de 2011

O CRIME AMBIENTAL DO PROJETO ANITÁPOLIS - FOSFATEIRA E O RISCO DE RADIAÇÃO



Alguns dados do paraíso

Anitápolis é uma pequena cidade da Grande Florianópolis-SC (dista somente 108 km da capital), com 582 km2, temperatura média entre 15ºC e 25ºC, localizada a 600 m acima do nível do mar. Vive basicamente da agricultura familiar (responsável pela subsistência de 80% da população que conta com menos de 4 mil habitantes).

Está grudada nos 87,4 mil hectares do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, a maior unidade de conservação no Estado, que ocupa cerca de 1% do território catarinense.

Suas montanhas, a Mata Atlântica fechada, a abundância de recursos hídricos dificultaram seu povoamento. No entanto, hoje, tudo isso é um atrativo ímpar. Embora conte com infra-estrutura turística pequena, em Anitápolis, os amantes do turismo ecológico praticam rafting, rappel de cachoeira, trilhas na Mata Atlântica, jeepcross, motocross, montanhismo e passeios ecológicos.

Anitápolis possui o maior manancial hidrográfico de Santa Catarina. Os rios que cortam o seu território formam inúmeras cachoeiras: do Povoamento, da Prata, Maracujá, Branco e do Meio Serrinha. A mais conhecida é a Cachoeira da Usina, distante 500m da sede municipal. Transformada em área de lazer, a área da antiga usina tem várias formações de piscinas naturais para banho.

Quem não gostaria de viver numa cidade assim? Pequena, tranqüila, com a natureza abundante à volta...

A desgraça de Anitápolis

Toda essa riqueza natural ecologicamente equilibrada está com os dias contados. Por quê? Porque, infelizmente, Anitápolis foi agraciada também com uma gigantesca e fabulosa jazida de fostato, que representa 10% das reservas de fosfato que o Brasil dispõe.

E adivinhem quem vai ganhar muito dinheiro ao explorar essa maravilha? As multinacionais Bunge e Yara Brasil. O Grupo adquiriu a Serra do Rio do Pinheiro e promete investir - nos próximos três anos - R$ 550 milhões na construção de uma fábrica de fertilizantes na bela e intocada Anitápolis. Assim, esta sediará uma joint venture: a Indústria de Fosfatados Catarinense, com produção de 240 toneladas de ácido fosfórico e de 240 mil toneladas anuais de fertilizante. Isto representa 2,5% do consumo nacional de fertilizantes.

A postura dos "Detentores de Algum Poder"

O Governo atual está pra lá de satisfeito! No início de abril de 2008 (ano de eleições, período em que tudo acontece!), Santa Catarina firmou um protocolo de intenções com as multinacionais. Para estimular a instalação do empreendimento, concederá todos os incentivos fiscais necessários. E o atual governador garantiu asfaltamento das estradas da região para atender a demanda dos caminhões além de acesso asfaltado ao local do empreendimento.

Esqueci de falar da promessa de criação de 2 mil empregos diretos e indiretos. Isso - para muitos - é sinônimo do progresso invadindo a cidade por causa da jazida de fosfato!

O fosfato polui

O geólogo José Carlos Alves Ferreira, formado pela Universidade da Califórnia, ao tratar do fosfato afirmou que "a grande poluição que se vê hoje no Pantanal deve-se ao fosfato dissolúvel resultado do modelo agroquímico". Por ser lixiviável e hidrossolúvel, ele vai diretamente para os rios e os contamina. Com isso, a extração do fosfato provocará, com certeza, a contaminação dos recursos hídricos da região, em especial, do Rio Braço do Norte. E, em decorrência, teremos chuva ácida.

A Bunge degrada

A Bunge possui um histórico comprovado de degradação ambiental. Recentemente, nos autos da Ação Civil Pública 200340000054510, a Desembargadora Federal do TRF 1ª. Região SELENE MARIA DE ALMEIDA, ao desconstituir um Termo de Ajuste de Conduta, entendeu que à ré Bunge Alimentos S/A não é permitido obter "maiores lucros à custa da destruição do que sobrou do cerrado do Piauí. Também não vale explorar o tema da miserabilidade da região e a necessidade de criação de empregos para justificar lucros maiores em detrimento do meio ambiente piauiense". Para a Dra. Selene, "o desmatamento indiscriminado do cerrado piauiense sob o argumento de que as empresas criam empregos não é aceitável, pois pode haver atividade economicamente sustentável desde que as empresas estejam dispostas a diminuírem seus lucros, utilizando-se de matrizes energéticas que não signifiquem a política de terra arrasada".

Concluindo

A extração do fosfato em Anitápolis para produção de fertilizante e aplicação no cultivo insustentável de soja implica também a devastação de florestas para o cultivo desse grão. Prejuízo cá e lá. Complicação tão fácil de entender! - como diz nosso poeta Lulu Santos.

Para finalizar, pergunto: como foi o licenciamento desta fábrica? Quem vai fiscalizar essa produção? Afinal, vivemos num Estado aonde a fiscalização ambiental é zero. E no qual os "Detentores de Algum Poder" apostam todas as fichas no desenvolvimento a qualquer preço.

Acorda, Santa Catarina! Esta degradação não vai ficar pairando somente sobre o território de Anitápolis. Ela será regionalizada e atingirá Florianópolis através das águas que nos abastecem e que vêm daquela região. A Dra. Selene de Almeida está certa: quando se trata de meio ambiente, não cabem as intervenções tardias. A luta é pra ontem!

Obs.: este texto é uma homenagem ao meu amigo Judson Barros que luta praticamente sozinho contra a Bunge no Piauí. Sua ONG Funaguas é que extraiu a decisão insólita que eu menciono acima. Seu lema é: "se depender de mim, o Piauí não vai levar na Bunge".

ana@ecoeacao.com.br

* Advogada ambientalista. Coordenadora do Programa Eco&ação
Fonte:  http://mataatlanticasc.blogspot.com




NOTA: É IMPORTANTE QUE AS POSTAGENS QUE AQUI FAZEMOS EM DEFESA DOS DIREITOSHUMANOS, DA PAZ E DA DEFESA ECOLÓGICA DO PLANA,  SEJAM BASTANTE COMENTADAS AQUI NO FIM DE CADA POSTAGEM, ESTE É UM CASO QUE DEMANDA A INTERVENÇÃO DOS NOSSOS LEITORES INTERESSADOS EM DEFENDER O PLANETA TERRA E A VIDA POR QUE SOMOS RESPONSÁVEIS PERANTE OS NOSSOS SUCESSORES.

sábado, 11 de junho de 2011

PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA, CAVACO SILVA, CONVOCA TODOS OS PORTUGUESES A REERGUEREM A NAÇÃO, NO DIA 10 DE JUNHO, DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS QUE FOI COMEMORADO EM PORTUGAL E EM TODO O MUNDO DA DIÁSPORA




Luís Vaz de Camões



















O retrato de Camões por Fernão Gomes, em cópia de Luís de Resende. 
Este é considerado o mais autêntico retrato do poeta, cujo original, 
que se perdeu, foi pintado ainda em sua vida.


Luís Vaz de Camões (Lisboa[?], c. 1524 — Lisboa, 10 de junho de 1580) foi um célebre poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente.

Luís Vaz de Camões, o grande poeta do classicismo português, é autor de inúmeras obras líricas e épicas, peças teatrais e sonetos. A mais conhecida de suas criações é o poema épico “Os Lusíadas”, que enaltece os descobrimentos portugueses, concluído provavelmente no ano 1556. O escritor faleceu no dia 10 de junho de 1580.

A professora de História Contemporânea da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Conceição Meireles, diz que “Camões representava justamente o gênio da pátria, representava Portugal na sua dimensão mais esplendorosa e mais genial”.

Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um duradouro cânone; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é uma referência para toda a comunidade lusófona internacional. Hoje a sua fama está solidamente estabelecida e é considerado um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos.

















 


Os Lusíadas, Ed. De 1572








As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.
.....
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte 

 Os Lusíadas, Canto I

Os Lusíadas é, assim, não só história e apologia, não só "engenho e arte", mas uma crítica de costumes, um ditado ético, um complexo e por vezes contraditório programa político, e uma promessa de futuro melhor, um futuro que jamais foi sonhado para qualquer povo. No poema, grandes figuras da Antiguidade aparecem ofuscadas diante do que realizaram e realizariam os varões de Portugal. Os portugueses tornar-se-ão divinos não só pela fortaleza de ânimo, pela coragem física diante do inimigo, mas pelo exercício das mais altas virtudes. Para Camões os lusos estavam destinados a substituir a fama dos Antigos porque as suas proezas os excediam. Nem a veneração à Antiguidade que o poeta nutria foi capaz de sobrepujar a sua conceção dos portugueses como heróis sublimes:
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antígua canta,
Que outro valor mais alto se alevanta

Os Lusíadas, Canto I
RIMAS
Poesia Lírica

  































Página da edição de 1616 das Rimas.


COMÉDIAS

 

 















Camões lendo Os Lusíadas

 

Símbolo nacional português



 





















Monumento ao poeta na Praça Luís de Camões, no Bairro Alto, em Lisboa.

Tendo influenciado a evolução da literatura portuguesa desde o século XVII, Camões continua a ser uma referência para muitos escritores contemporâneos, tanto em termos de forma e conteúdo como se tornando ele mesmo um personagem em outras produções literárias e dramatúrgicas. Vasco Graça Moura considera-o o maior vulto de toda a história portuguesa, por ter sido o fundador da língua portuguesa moderna, por ter como ninguém compreendido as grandes tendências do seu tempo, e por ter conseguido dar forma, através da palavra, a um senso de identidade nacional e erguer-se à condição de símbolo dessa identidade, transmitindo uma mensagem que se mantém viva e atual. Como afirmou Ramos,

"O nome do poeta surge como um símbolo da união do mundo lusófono...

PODER-SE-IA AFIRMAR SOBRE CAMÕES QUE SE NÃO TIVESSE SIDO O MAIOR ÉPICO TERIA SIDO O MAIOR LÍRICO DA POESIA DE LÍNGUA PORTUGUESA E UM DOS MAIORES GÉNIOS DA LITETRATURA    OCIDENTAL !


Esta data também celebra a importância do povo português e das inúmeras comunidades intercontinentais que falam a língua portuguesa.

O Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, escolheu a cidade de Castelo Branco para acolher as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorreu a 10 de Junho de 2011.














Castelo Branco é capital de Distrito, situando-se na Beira Baixa, com aproximadamente 30.649 habitantes. É um dos maiores municípios com 1.438,16 km² de área e 53.909 habitantes (informação de 2008). O município está limitado pelo Fundão a norte, por Idanha-a-Nova a leste, pela Espanha a sul, por Vila Velha de Ródão a sudoeste e por Proença-a-Nova e Oleiros, a oeste.

















O dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, é um feriado, comemorado no dia da morte de Luís de Camões, dedicado a todos os portugueses e a todos os heróis e figuras importantes nacionais.

O DISCURSO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA, PROF. DR.ANÍBAL CAVACO SILVA, SOBRE O DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS, EM CASTELO BRANCO, NO DIA 10 DE JUNHO DE 2011, CONVOCA TODOS PORTUGUESES, EM ESPECIAL OS DA DIÁSPORA, A LEVANTAR PORTUGAL PARA QUE COM EXEMPLO DE TRABALHO E EMPREENDORISMO, IMAGINAÇÃO, CRIATIVIDADE E CONCENTRAÇÃO NAS VOCAÇÕES REGIONAIS E LOCAIS SE SUPERE A GRAVE CRISE EM QUE O PAÍS ESTÁ MERGULHADO E PORTUGAL VENHA A CUMPRIR-SE COMO NAÇÃO DIGNA DO SEU PASSADO GLORIOSO.     

CLIQUE EM:



Compilação e Composição
Carlos Morais dos Santos
Fontes: várias fontes da Internet,
inclusivé: Instituto Camões, Wikipedia, Youtube
e Site da Presidência da República Portuguesa 

quinta-feira, 9 de junho de 2011

PORTUGAL - PSD (CENTRO DIREIRA) VENCE ELEIÇÕES LEGISLATIVAS ANTECIPADAS

Pedro Passos Coelho, presidente do PSD (foto AP)

O Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, liderado por Pedro Passos Coelho, venceu neste domingo (5) as eleições legislativas antecipadas em Portugal., derrotanto o Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, do primeiro-ministro José Sócrates, há seis anos no poder. O PSD não obteve maioria absoluta no Parlamento, devendo por isso formar governo com outro partido de direita, o Centro Democrático Social - Partido Popular (CDS-PP).

José Sócrates renunciou ao cargo de secretário-geral do PS. "Esta derrota é totalmente minha e quero assumir toda a responsabilidade", disse . "Sinto que é necessário abrir um novo ciclo político que seja capaz de preparar uma alternativa consistente. Quero dar ao Partido Socialista espaço para discutir o seu futuro e escolher uma nova liderança", acrescentou.

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Pedro Passos Coelho, que será o próximo primeiro-ministro de Portugal, rejeitou "qualquer triunfalismo" com a vitória do PSD, mas reagiu com optimismo. "Vai ser difícil, mas vai valer a pena", garantiu Passos Coelho.

"Envidarei todos os meus esforços para garantir que os portugueses terão um governo de maioria liderado pelo PSD que dê estabilidade para os próximos quatro anos", declarou Passos Coelho. O presidente do PSD não enjeitou entretanto, futuros entendimentos de âmbito parlamentar com nenhum partido, incluindo o PS.

Na sua primeira mensagem como vencedor , Pedro Passos Coelho sublinhou que "precisaremos todos de muita coragem" e também de "alguma paciência".

Passos Coelho fez questão de deixar uma mensagem clara para fora do país. O novo primeiro-ministro quer "poder dar a todos os que nos observam do exterior a garantia de que Portugal não pretende ser um fardo no futuro para os que nos emprestaram dinheiro".

"Faremos todo o possível para cumprir o acordo estabelecido com a UE e o FMI para recuperar a confiança dos mercados. Nós vamos saber governar Portugal."

"Em todos os sacrifícios que tivermos de fazer, os que já estão prometidos e alguns que tenham de se impor por força das circunstâncias, o meu compromisso com Portugal é o da responsabilidade e o da transparência", afirmou.

"Não descansaremos enquanto não pusermos Portugal a crescer", declarou ainda o líder do PSD, sublinhando acreditar na "extraordinária capacidade [dos portugueses] para se transcenderem a si próprios".

Em declarações ao jornal Estado de São Paulo, Passos Coelho voltou a reiterar: "A mensagem ao exterior é de que não deixaremos de cumprir todas as nossas obrigações." E destacou a importância das relações com todos os países de expressão portuguesa, afirmando confiar na parceria entre Portugal e os países de língua portuguesa para retomar o crescimento. "Creio que a nossa relação com Brasil, Angola e outros países que falam português pode ser muito importante para o futuro próximo", sublinhou.

Resultados completos das eleições:
Eleitores inscritos: 9.225.494
Votantes: 5.554.002
Taxa de abstenção: 41,1%

Partidos com deputados eleitos para o Parlamento:

PSD
38,63% (29,09% em 2009)
2.145.452 votos (1.646.071 votos em 2009)
105 deputados (78 em 2009)
PS
28,05% (36,56% em 2009)
1.557.864 votos (2.068.560 votos em 2009)
96 deputados (73 em 2009)
CDS-PP
11,74% (10,46% em 2009)
652.194 votos (591.938 votos em 2009)
24 deputados (21 em 2009)
PCP-PEV
7,94% (7,88% em 2009)
 440.850 votos (446.172 votos em 2009)
16 deputados (15 em 2009)
BE
5,19% (9,85% em 2009)
288.076 votos (557.091 votos em 2009)
8 deputados (16 em 2009)

Partidos sem deputados eleitos

PCTP-MRPP: 1,13% (0,93% em 2009)
PAN: 1,04% (não concorreu em 2009)
MPT: 0,41% (0,06% em 2009)
MEP: 0,39% (0,45% em 2009)
PNR: 0,32% (0,20% em 2009)
PTP: 0,30% (0,08% em 2009)
PPM: 0,27% (0,27% em 2009)
PND: 0,21% (0,38% em 2009)
PPV: 0,15% (0,15% em 2009)
PDA: 0,08% (não concorreu em 2009)
POUS: 0,08% (0,08% em 2009)
PH: 0,06% (0,21% em 2009)

Nota: Os dados apresentados não contabilizam a votação da emigração nos círculos da Europa e de Fora da Europa, correspondente a quatro deputados, cujos números ainda não foram disponibilizados.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

CONSUMIDORES PORTUGUESES PODEM VENCER A CRISE - GRÃO A GRÃO ENCHE A ECONOMIA O SACO...


Com a entrada de Portugal na CEE (agora EU) passaram-se a dar subsídios aos agricultores portugueses para destruírem as suas produções - ainda me lembro de ouvir notícias chocantes na televisão  (porque já na altura havia muita gente a passar dificuldades e até fome) onde se viam agricultores que eram obrigados a deitar fora os frutos dos seus pomares e camiões de leite foram algumas vezes derramados nas estradas em forma de protesto. Já na altura me interrogava, perplexa: Estão a querer "arrasar" o nosso país"?. Hoje, pergunto-me: até que ponto esta crise não é intencional por parte de alguns grupos detentores de poder (e de interesses mais ou menos "ocultos") no nosso país?

Nós somos "enxovalhados" pelas pessoas dos países ricos por nos considerarem incapazes...e até que ponto não têm razão?... é que depois do 25 de Abril e até aqui, temos entendido a democracia como a implantação de um "circo": tudo o que é rigor, rectidão, esforço, valores, educação, trabalho, disciplina pessoal e formação académica foi esquecido... é preciso que a par das medidas de proteccionismo da economia, se volte a valorizar estes aspectos e características e que essa mentalidade se estenda a toda a população. Só venceremos quando fizermos escolhas certas e formos verdadeiros e frontais a encarar a realidade e não insistirmos no "faz de conta".

Ana Maria R. M. Santos

                 
GRÃO A GRÃO ENCHE A ECONOMIA O SACO...


Portugal afundou. Quer que aconteça um milagre económico no nosso país?

Então deixe-se de seguir dissertações de economistas ao serviço de interesses, que não os nossos! Não se deixe mais manipular pelo marketing! Faça aquilo que os políticos, por razões óbvias, não lhe podem recomendar sequer, mas que individualmente você pode fazer:

Torne-se PROTECCIONISTA da nossa economia!, mas tendo sempre sob mira, os parasitas e oportunistas de agora e de outros tempos, que infestam o nosso País.

Para isso:

1 - Experimente comprar preferencialmente produtos fabricados em Portugal. Experimente começar pelas idas ao supermercado (carnes, peixe, legumes, bebidas, conservas, preferencialmente, nacionais). Experimente trocar, temporariamente, a McDonalds, ou outra qualquer cadeia de fast food, pela tradicional tasca portuguesa. Experimente trocar a Coca Cola à refeição, por uma água, um refrigerante, ou uma
cerveja sem álcool, fabricada em Portugal.

2. Adie por 6 meses a 1 ano todas as compras de produtos estrangeiros, que tenha planeado fazer, tais como automóveis, TV e outros electrodomésticos, produtos de luxo, telemóveis, roupa e calçado de marcas importadas, férias fora do país, etc., etc..

Portugal afundou, somos enxovalhados diariamente por considerações e comentários mais ou menos jocosos vindos de várias paragens, mas em particular dos países mais ricos. Confundem o povo português com a classe política incompetente (e em muitos casos até corrupta) que nos tem dirigido e se tem governado a si própria. Olham-nos como um fardo pesado incapaz de recuperar e de traçar um rumo de desenvolvimento.

Agora, mais do que lamentar a situação de falência a que Portugal chegou, e mais do que procurarmos fuzilar o responsável, cabe-nos dar a resposta ao mundo mostrando de que fibra somos feitos para podermos recuperar a nossa auto-estima e o nosso orgulho. Nós seremos capazes de ultrapassar esta situação difícil. Vamos certamente dar o nosso
melhor para dar a volta por cima, mas há atitudes simples que podem fazer a diferença.

O desafio é durante seis meses a um ano evitar comprar produtos fabricados fora de Portugal. Fazer o esforço, em cada acto de compra, de verificar as etiquetas de origem e rejeitar comprar o que não tenha sido produzido em Portugal, sempre que existir alternativa.

Desta forma estaremos a substituir as importações que nos estão a arrastar para o fundo e apresentaremos resultados surpreendentes a nível de indicadores de crescimento económico e consequentemente de redução de desemprego. Há quem afirme que bastaria que, cada português, substituísse em somente 100 euros mensais as compras de
produtos importados, por produtos fabricados no país, para que o nosso problema de falta de crescimento económico ficasse resolvido.
Representaria para a nossa indústria, só por si, um acréscimo superior a 12.000.000.000 de euros por ano, ou seja uma verba equivalente à da construção de um novo aeroporto de Lisboa e respectivas acessibilidades, a cada 3 meses!!!

Este comportamento deve ser assumido como um acto de cidadania, como um acto de mobilização colectiva, por nós, e como resposta aos povos do mundo que nos acham uns coitadinhos incapazes. Os nossos vizinhos Espanhóis há muitos anos que fazem isso.

Quem já viajou com Espanhóis sabe que eles, começam logo por reservar e comprar as passagens, ou pacote, em agência Espanhola, depois, se viajam de avião, fazem-no na Ibéria, pernoitam em hotéis de cadeias exclusivamente Espanholas (Meliá, Riu, Sana ou outras), desde que uma delas exista, e se encontrarem uma marca espanhola dum produto que precisem, é essa mesma que compram, sem sequer comparar o preço (por
exemplo em Portugal só abastecem combustíveis Repsol, ou Cepsa).

Mas, até mesmo as empresas espanholas se comportam de forma semelhante! As multinacionais Espanholas a operar em Portugal, com poucas excepções, obrigam os seus funcionários que se deslocam ao estrangeiro a seguir estas preferências e contratam preferencialmente outras empresas espanholas, quer sejam de segurança, transportes, montagens industriais e duma forma geral de tudo o que precisem, que possam cá chegar com produto, ou serviço, a preço competitivo, vindo do outro lado da fronteira. São super proteccionistas da sua economia!
Dão sempre a preferência a uma empresa ou produto Espanhol! Imitemo-los nós no futuro!

Será um primeiro passo na direcção certa!
Viva Portugal!

Nota do Editor:
1 - Ana Maria R. M. Santos, autora do primeiro texto desta postagem, 
é uma leitora do nosso Blog, atenta às realidades da sociedade portuguesa 
e do processo de degeneração da economia nacional.  
2 - Apesar de pesquisa feita não foi possível identificar o autor do
texto "Grão a Grão enche a Economia o Papo"