segunda-feira, 18 de julho de 2011

QUEM ERAM OS BANCOS MAIORES CREDORES DA DÍVIDA PÚBLICA PORTUGUESA NO FINAL DE 2010. E AGORA, DAQUI PARA A FRENTE, QUEM SERÃO REALMENTE OS NOVOS DONOS DE PORTUGAL ?

A dívida pública portuguesa a bancos no final de 2010, estava assim distribuída:

Os 4 maiores bancos nacionais (CGD; BCP; BPI; BES) detinham 19, 6 mil milhões de Euros, sendo que só a CGD detinha 6.530 milhões  de Euros.

Dos 90 bancos europeus que detinham dívida pública portuguesa, só 49 revelaram serem credores da dívida pública nacional. No total, os bancos europeus detinham 40, 2 mil milhões de Euros, sendo a bancos da espanha (com 5.492 milhões de euros), da França (com 4.751 milhões), e da Alemanha (com 3.320 milhões de euros), as bancas dos países maiores credores de Portugal. 

Como é evidente, e depois do acordo de Portugal de emprétimo com o FMI, o Banco Central Europeu e a União Europeia, não só a estrutura da dívida por credores fica profundamente alterada, como até os seus valores, assim como os respectivos encargos financeiros em taxas de juro, se vão avolumar  consideravelmente, sobretudo em consequência da ação de ataque especulativo lançada pelas agências 3 principais agências de rating norte americanas, em especial a Moody's que é mais responsável pelo disparar dos juros altíssimos, verdadeiros garrotes de estrangulamento ao financiamento a Portugal e pela cobrança de imorais e juros, que mais comprometem a dívida pública portuguesa e a sua amortização, ao invés de a facilitarem.

Como aqui temos já várias vezes denunciado em vários textos, parece evidente e muito claro, que o objectivo último dos poderes que estão por detrás das famigeradas agências de rating, assim como por detrás das "instituições financiadoras" mundiais, são as grandes corporações do capitalismo financeiro mundial, verdadeiras "governadoras" deste neoliberalismo selvagem, predador, sem rosto, sem pátria, sem ética, sem responsabilidade social, que comandam os ínvios processos desta fase e desta face mais pérfida daquilo a que chamamos globalização.

São esses poderes que parecem estar mais interessados em que países mais débeis se afoguem em colossais e impagáveis dívidas, para depois, cobrarem bem mais do que essas impagáveis dívidas, através de "intervenções" em que mais facilmente tomam de assalto as suas economias e recursos, adquirindo facilmente a privatização desses recursos em condições leoninamente muito abaixo dos seus valores, dedicando-se à sua exploração exaustiva, até que arruinam esses países, para depois os abandonarem e voltarem as suas garras de rapina gananciosa para outras novas vítimas, deixando assim, sucessivamente, cada vez mais países à mercê do desemprego, da probreza.

Entretanto, O GRANDE IMPÉRIO DA FINANÇA, vai aumentado o seu poder, fazendo ruina económica aqui, intervenções bélicas um pouco por todo o lado, derrubando sistemas mais nacionalistas e resistentes, acolá, enfim, tudo o que seja necessário para que o controlo dos recursos e da finança mundial seja cada vez maior e esteja cada vez em maior volume nas mãos dos grandes "patrões" deste Casino Mafioso e Terrorista que, depois de terem corrompido dirigentes e líderes de todo o mundo, de dominarem a quase totalidade dos meios audio-visuais do planeta para formatarem as mentalidades e opiniões, depois de destruirem as verdadeiras economias reais nacionais, produtoras de bens e serviços transacionáveis de valor acrescentado, criadoras de emprego e riqueza para distribuição social da mesma, a seguir passaram a telecomandar a própria política, e acabaram por tornar os próprios estados refens e, como famintos chacais de ganância antropofágica, vão deglutindo Estados também, até que esta "globalização" fique de tal modo desregulada que se chegue irremediavelmente aos precipícios de novas e grandes guerras, das quais nunca se saberá  qual é "a nova ordem mundial" que do caos total sairá. 

Infelizmente, a história das ascenções e quedas dos impérios, tem demonstrado que os impérios são normalmente as maiores vítimas das perversidades com que se agigantaram e quizeram impor aos outros, mas o que nunca se sabe é o custo e as consequências para a humanidade de tais desastres históricos, nem quais serão as bases e paradigmas em que se volta a reconstruir Um Novo Mundo e quais as irremediáveis feridas que toda a vida do planeta terá e de como delas se poderá reabilitar.
C.M.S.

Vidé gráfico:

1 comentário:

  1. Prezado Seareiro: Bem haja! Mais uma bela e fundamentada análise da situação em que vive o planeta sob ponto de vista econômico, ético e tudo o mais que envolve a ganância desenfreada e, aparentemente, sem fim. Digo aparentemente porque, como muito bem observou, a História nos dá conta de que os ”impérios”, por mais que sejam dominadores, tendem a “implodir”, dominados pela própria ganância. Que Portugal possa livrar-se dessa verdadeira “praga” o mais rápido possível, retornando ao lugar que lhe cabe no concerto das nações européias e mundiais. Que assim seja! Parabéns pelo lúcido texto!

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