terça-feira, 19 de julho de 2011

"ASSASSINO ECONÓMICO- COMO SE DESTROI UM PAÍS EM NOME DA RAPINA FINANCEIRA

Em "Confissões de um Assassino Económico", o autor John Perkins, apresenta um documento que denuncia a forma como funcionam as poderosas forças do capitalismo financeiro mundial, designadamente as que são controladas pelos EUA, através das suas secretas agências.  No vídeo "Let's make money", que abaixo reproduzimos John Perkins dá um depoimento perturbador. O cidadão norte americano John Perkins que se intitula como um "ex-assassino económico" ao serviço como alto executivo de uma  entidade consultora internacional que, diz, é um dos muitos instrumentos de que se serve a mais poderosa e secreta agência norte americana ANS - Agência de Segurança Nacional do governo dos EUA, que detem uma estrutura e poderes muito superiores aos do FBI ou CIA.

John Perkins (Hanover, New Hampshire, 1945) nasceu nos Estados Unidos da América. É ativista na área do meio ambiente e culturas indígenas e também escritor. Seu livro mais conhecido é  "Confissões de um Assassino Econômico".

Em 1970, ao atuar no Corpo de Paz, no Equador, conhece um alto executivo da empresa de consultoria internacional MAIN, que é também um agente de alto escalão da Agência de Segurança Nacional. É convidado a entrar para a MAIN, o que faz em 1971, após se submeter, segundo alega, a um treinamento clandestino para tornar-se um assassino econômico.
Faz carreira meteórica na MAIN , tornando-se sócio em 1975. É encarregado de missões na Indonésia, Panamá, Equador e Arábia Saudita, para os quais elabora, segundo alega, estudos econômicos falsos, de sorte a fazer esses países tomarem empréstimos que se revelarão impagáveis no futuro e, assim, se tornariam economicamente dependentes dos países e corporações credores.

Com a morte, em condições suspeitas, dos presidentes Jaime Roldós, do Equador, e Omar Torrijos, do Panamá, decide em 1981 deixar a MAIN e denunciar em livro as atividades da empresa.

No entanto, por conta de supostos subornos e ameaças, adia por anos este projeto e o livro só começa a ser escrito sob o impacto dos atentados de 11 de setembro de 2001. Confissões de um Assassino Econômico é publicado em 2004 e ganha traduções em diversas línguas, inclusive o português.

Em 1982, cria uma empresa de energia elétrica que se utiliza de fontes não agressivas ao meio ambiente e passa a se interessar por culturas indígenas e xamanismo. Visita freqüentemente a Amazônia equatoriana e escreve livros sobre esses temas.
É casado pela segunda vez e tem uma filha, nascida em 1982.

Como Perkins atuava

A consultoria internacional MAIN, que seria um braço da Agência de Segurança Nacional, possuía um quadro de peritos, todos com vistosos currículos, que conferiam credibilidade a seus projetos económicos.
Perkins foi contratado inicialmente para fazer previsões de carga energética, ou seja, determinar quanto uma instalação de determinadas dimensão e localização geraria de energia elétrica no futuro e qual seria seu lucro em razão da venda da energia produzida. Esses números eram ultradimensionados de forma a fazer com que os países tomassem empréstimos na expectativa de pagá-los com os lucros a serem auferidos no futuro. Como esses lucros não se concretizavam, os países se tornavam devedores de empréstimos impagáveis.
Estudos semelhantes eram feitos com ferrovias e rodovias, por exemplo, em que o volume estimado de carga transportada no futuro acabava por ficar aquém da realidade.

Desmentido oficial

O Governo dos Estados Unidos desmente as afirmações de Perkins quanto a pretendida vinculação da MAIN a órgãos de segurança e sobre seu treinamento como assassino econômico.
Em extensa informação, contida no sítio oficial, o governo dos Estados Unidos declara que Perkins nunca recebeu orientação verbal ou escrita da ANS durante sua permanência na MAIN e que a ANS não atua na área econômica, mas especificamente na codificação e descodificação de documentos criptografados. O sítio insinua que Perkins possa estar ressentido com a ANS, pois teria se candidatado, sem sucesso, a um emprego na Agência, para escapar ao recrutamento militar na época da Guerra do Vietnam, o que acabou conseguindo ao ingressar no Corpo de Paz.

Fontes:
Expresso on line, Wikipédia e YouTube

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