O presidente da República portuguesa anunciou hoje ter aceite a demissão do primeiro-ministro, decidindo por isso dissover a Assembleia da República e convocar eleições legislativas antecipadas para o dia 5 de Junho.(foto Lionel Balteiro/Global Imagens).
O anúncio de Cavaco Silva foi feito depois de um encontro com o primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, que durou 20 minutos e foi antecedido da reunião do Conselho de Estado, que se prolongou cerca de três horas e teve como único ponto de agenda pronunciar-se sobre a dissolução da Assembleia da República.
Os 19 conselheiros de Estado transmitiram ao presidente da República, ter concordado "por unanimidade", com a decisão de dissolver a Assembleia da República.
A data de 5 de Junho foi considerada "a melhor para permitir a todas as forças políticas apresentar as suas propostas e os seus candidatos" aos portugueses, explicou Cavaco Silva.
"Estas eleições vão decorrer num momento em que o país atravessa, em simultâneo, uma crise política, económica e social", frisou. "Considero fundamental, para a salvaguarda do interesse nacional, que destas eleições resulte um alargado consenso político e social", pois, "o novo Governo tem pela frente uma crise económica e financeira sem precedentes".
Cavaco Silva apelou ainda a uma campanha eleitoral "de verdade e de rigor", "sóbria nos meios e esclarecedora nas propostas". E deixou um apelo: "ninguém deve prometer o que não poderá ser cumprido" dada a situação crítica em que o país se encontra. "Este não é o tempo de ilusões".
Também na semana passada, nas audiências aos partidos com assento parlamentar, Cavaco Silva ouviu que a melhor solução após o pedido de demissão de José Sócrates seria dar a palavra aos portugueses com a realização de eleições antecipadas.
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