Diretor do FMI previu acusação de abuso sexual em entrevista, duas semanas antes de ser preso
O diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Khan, previu a possibilidade de ser alvo de uma denúncia de abuso sexual semanas antes de ser preso, no último sábado, acusado de tentar estuprar a camareira de um hotel em Nova York, segundo informações da CNN.
Em uma entrevista ao jornal francês "Liberation", em 28 de abril, Strauss-Khan comentou que imaginava ser possível que "uma mulher estuprada em um estacionamento recebesse 500.000 ou milhões de euros para inventar uma história e me acusar", diz o artigo publicado na segunda-feira pelo jornal francês.
O motivo da "invenção", segundo a reportagem, seria o favoritismo de Strauss-Khan na corrida presidencial da França. Pesquisas mostram que ele é o preferido, na frente do atual presidente, Nicolas Sarkozy, e uma denúncia como essa poderia acabar com a sua credibilidade.
Sobre uma eventual campanha para disputar a Presidência, ele disse que "seria um longo caminho" cheio de "obstáculos a serem superados", diz a reportagem. Nas palavras do próprio Strauss-Khan, os temas que mais trariam problemas para ele seriam, nessa ordem, "dinheiro, mulheres" e o fato de ser judeu.
"Sim, eu amo as mulheres... e daí? Há anos falam em fotos de orgias, mas até agora eu não vi nada. Por que eles não mostram?", questionou o francês.
Strauss-Khan foi preso acusado de tentar estuprar a camareira de um hotel em Nova York. Na segunda-feira, ele teve seu pedido de fiança negado e permanece detido. Se condenado pelos crimes dos quais é acusado, ele pode ser sentenciado a até 25 anos de cadeia. Sua próxima audiência perante a Justiça nova-iorquina deve ocorrer na sexta-feira (20).
Hoje, o advogado de defesa da camareira que acusa o francês de abuso sexual afirmou que a suposta vítima nega ter tido uma relação consensual com o diretor do FMI.
Fonte UOLEm uma entrevista ao jornal francês "Liberation", em 28 de abril, Strauss-Khan comentou que imaginava ser possível que "uma mulher estuprada em um estacionamento recebesse 500.000 ou milhões de euros para inventar uma história e me acusar", diz o artigo publicado na segunda-feira pelo jornal francês.
O motivo da "invenção", segundo a reportagem, seria o favoritismo de Strauss-Khan na corrida presidencial da França. Pesquisas mostram que ele é o preferido, na frente do atual presidente, Nicolas Sarkozy, e uma denúncia como essa poderia acabar com a sua credibilidade.
Sobre uma eventual campanha para disputar a Presidência, ele disse que "seria um longo caminho" cheio de "obstáculos a serem superados", diz a reportagem. Nas palavras do próprio Strauss-Khan, os temas que mais trariam problemas para ele seriam, nessa ordem, "dinheiro, mulheres" e o fato de ser judeu.
"Sim, eu amo as mulheres... e daí? Há anos falam em fotos de orgias, mas até agora eu não vi nada. Por que eles não mostram?", questionou o francês.
Strauss-Khan foi preso acusado de tentar estuprar a camareira de um hotel em Nova York. Na segunda-feira, ele teve seu pedido de fiança negado e permanece detido. Se condenado pelos crimes dos quais é acusado, ele pode ser sentenciado a até 25 anos de cadeia. Sua próxima audiência perante a Justiça nova-iorquina deve ocorrer na sexta-feira (20).
Hoje, o advogado de defesa da camareira que acusa o francês de abuso sexual afirmou que a suposta vítima nega ter tido uma relação consensual com o diretor do FMI.
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Dominique Strauss Kahn terá sido vítima de uma conspiração construída ao mais alto nível por se ter tornado uma ameaça crescente aos grandes grupos financeiros mundiais ?
Independentemente da sua culpa ou não no crime de abuso sexual de que é acusado e antes de um justo julgamento, o seu passado de sedutor com episódios conhecidos, sirviu bem para que, neste caso, ele já esteja a ser facilmente linchado, liquidado, publicamente, para não mais conseguir erguer-se à sua condição anterior.
Independentemente da sua culpa ou não no crime de abuso sexual de que é acusado e antes de um justo julgamento, o seu passado de sedutor com episódios conhecidos, sirviu bem para que, neste caso, ele já esteja a ser facilmente linchado, liquidado, publicamente, para não mais conseguir erguer-se à sua condição anterior.
As suas recentes declarações como a necessidade de regular os mercados e as taxas de transacções financeiras, assim como uma distribuição mais equitativa da riqueza, assustaram os que manipulam, especulam e mandam na economia mundial.
Não vale a pena pronunciar-nos sobre a culpa ou inocência pelo crime sexual de que Dominique Strauss Kahn é acusado, os media já o lincharam. De qualquer maneira este caso criminal parece demasiado bem orquestrado para ser verdadeiro, as incongruências são muitas e é difícil acreditar nesta história.
O que interessa aqui salientar é: quem beneficia com a saída de cena de Strauss Kahn?
Convém lembrar que quando em 2007 ele foi designado para ser o patrão do FMI, foi eleito pelo o grupo do Clube Bilderberg, do qual faz parte. Na altura, ele não representava qualquer "perigo" para as elites económicas e financeiras mundiais com as quais partilhava as mesmas ideias.
Em 2008, surge a crise financeira mundial e com ela, passados alguns meses, as vozes criticas quanto à culpa da banca mundial e à ao papel permissivo e até colaborante do governo norte-americano. Pouco a pouco, o director do FMI começou a demarcar-se da política seguida pelos seus antecessores e do domínio que os Estados Unidos sempre tiveram no seio da organização.
Ainda no início deste mês, passou despercebido nos media o discurso de Dominique Strauss Kahn. Ele estava agora bem longe do que sempre foi a orientação do FMI. Progressivamente o FMI estava a abandonar parte das suas grandes linhas de orientação: o controlo dos capitais e a flexibilização do emprego. A liberalização das finanças, dos capitais e dos mercados era cada vez mais, aos olhos de Strauss Kahn, a responsável pela proliferação da crise "made in America".
O patrão do FMI mostrava agora nos seus discursos uma via mais "suave" de "ajuda" financeira aos países que dela necessitavam, permitia um desemprego menor e um consumo sustentado, e que portanto não seria necessário recorrer às privatizações desenfreadas que só atrasavam a retoma económica. Claro que os banqueiros mundiais não viam com bons olhos esta mudança, achavam que esta tudo bem como sempre tinha estado, a saber: que a política seguida até então pelo FMI tinha tido os resultados esperados, isto é os lucros dos grandes grupos financeiros estavam garantidos.
Esta reviravolta era bem-vinda para economistas progressistas como Joseph Stiglitz que num recente discurso no Brooklings Institution, poderá ter dado a sentença de morte ao elogiar o trabalho do seu amigo Dominique Strauss Kahn. Nessa reunião Strauss Kahn concluiu dizendo: "Afinal, o emprego e a justiça são as bases da estabilidade e da prosperidade económica, de uma política de estabilidade e da paz. Isto são as bases do mandato do FMI. Esta é a base do nosso programa".
Era impensável o poder financeiro mundial aceitarum tal discurso, o FMI não podia transformar-se numa organização distribuidora de riqueza. Dominique Strauss Kahn tinha-se tornado num problema.
Recentemente tinha declarado: "Ainda só fizemos metade do caminho. temos que reforçar o controlo dos mercados pelos Estados, as políticas globais devem produzir uma melhor distribuição dos rendimentos, os bancos centrais devem limitar a expansão demasiado rápida dos créditos e dos preços imobiliários Progressivamente deve existir um regresso dos mercados ao estado".
A semana passada, Dominique Strauss Kahn, na George Washington University, foi mais longe nas suas declarações: "A mundialização conseguiu muitos resultados...mas ela também um lado sombrio: o fosso cavado entre os ricos e os pobres. Parece evidente que temos que criar uma nova forma de mundialização para impedir que a "mão invisível" dos mercados se torne num "punho invisível"".
Dominique Strauss Kahn assinou aqui a sua sentença de morte, pisou a alinha vermelha, por isso foi armadilhado e esmagado.
Fonte:
http://octopedia.blogspot.com
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